terça-feira, 1 de julho de 2014

UM ANJO ETERNO

Imagem: Google

Bruna Beatris Berghan

            Avós são nossos melhores amigos desde criança, são os pais que nunca dizem não, são aqueles que nos ensinam coisas que nunca iremos esquecer. Tem gente que tem sorte de tê-los por perto, de viver na mesma casa, mas tem aqueles que os avós estão no coração e na mente apenas. Avós deveriam ser eternos, pois sentimos falta daqueles conselhos, daquela mão amiga e daquele abraço reconfortante.
            Descrever meus avós maternos, que foi aqueles com quem morei durante onze anos, é de certa forma um tanto complicado. Daria pra dizer que são perfeitos, o símbolo de amor eterno, meus melhores amigos e meu porto seguro.
            Minha avó Maria Cecilia, uma senhora trabalhadora, que mesmo tento quase setenta anos, se mostra guerreira, fazendo tudo pelos filhos e netos. É uma ótima cozinheira, e seus bolos de laranja fazem sucesso em todas as gerações.
            Meu avô Osvaldo, que já não está entre nós, era uma pessoa fantástica, com seu jeito sorridente e sempre de bom humor, alegrava a vizinhança em seus passeios matinais. Um senhor lutador, que tinha paixão por futebol e feijão com arroz e ovo, sempre no seu prato favorito.
Na infância podia descrever ele como um super herói, que me pegava no colo e me rodava no ar na garagem de casa. Era ele que me levava para a creche e depois para escola, onde aproveitava para fazer seus passeios e cumprimentar a todos pelo caminho.
Ainda criança ele me convidava a assistir futebol, sempre me ensinando como funcionava, as táticas e qual o time que eu deveria torcer, o Internacional, e me dava camisetas e bandeiras, fazendo com que eu gostasse ainda mais. Após o jogo assistíamos junto os comentários da partida.
Posso dizer que foi ele que me influenciou a gostar tanto desse esporte e a entendê-lo.
Quando era adolescente meu avô adoeceu, mas nunca deixando o sorriso estampado, mesmo com dores. Fazia companhia para ele e assistíamos todos os esportes possíveis a tarde inteira. E quando não havia o que ver na televisão, ele me contava histórias de infância e do time de futebol onde jogava, o Águias.
Hoje, depois de ele ter partido, lembro de suas palavras de motivação, de suas felicitações por boas notas e quando sorria com minha frase: “Paia vô” (Para vô), quando ele ficava fazendo cosquinhas.
As únicas coisas de que tenho certeza é que hoje ele, de onde está, se sente orgulhoso de mim, por ter escolhido o Jornalismo Esportivo, graças a motivação dele e que mesmo sabendo que ele está sempre ao meu lado, sinto falta dele e do seu carinho.

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