Imagem: Pepsi
Antonio
Silva
Estou almoçando um maravilhoso
pastel de frango, ali na lancheira bem próximo ao meu trabalho, bem prático
comer bem e se deslocar pouco, mas o que me chama atenção é a latinha de
refrigerante que está em cima da minha mesa. Objeto daquela marca que não se
importa em ser a segunda, talvez ser segundo também seja bom. Pode ser.
A
lata azul com detalhes em vermelho ostenta a foto do zagueiro brasileiro David
Luiz, um dos poucos salvos na inquisição mineira moderna, onde todos os
canarinhos foram crucificados sem dó nem piedade por cruéis inquisidores
alemães.
O que me impressiona é a postura
altiva e de liderança em que se põe a face do jogador brasileiro, a mesma com a
qual defendeu como pode sua seleção na chamada copa das copas.
E isso me fez pensar em todos os
jogadores modelos que tivemos, em todas as campanhas de marketing que fizemos
para nos vangloriar, para nos enaltecer e claro para ofender e provocar os
nossos adversários. Nosso treinador mesmo se saiu um ótimo ator nos comerciais
e nas inúteis desculpas que deu para justificar o injustificável.
Pena que nos esquecemos de treinar,
de nos preparar, de criar alternativas para caso o principal ator da nossa
trupe falhasse. Pois é, ele falhou e faltou. De nada adiantou cantar o hino
afinadamente e chorar nas horas difíceis. Perdemos em
casa, diante da torcida, diante dos cachês milionários, diante dos
patrocinadores.
Se bem que isso nada mais importa.
Cada um ganhou o seu. E eu para ser sincero me importava mais com o pastel. A
latinha foi por acaso, mas vou leva-la junto para não esquecer desta lição, mas
também ou leva-la junto para alguém que eu amo.
Esse alguém não pode tomar
refrigerante, mas pode admirar David Luiz. Essa lata será a boa lembrança de
uma copa que a fez chorar.
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