Antonio Silva
O próprio título já descreve, a situação dos
campeonatos estaduais Brasil à fora, já são melancólicos por natureza quando
pensamos que dificilmente vai acontecer algo diferente do que os gigantes do
Brasil vencer seus respectivos campeonatos.
Mas, não é a essa melancolia que me
refiro agora, e sim a melancolia financeira que assombra os estaduais. E nem me
refiro aos campeonatos do Norte/Nordeste que recebem verbas pífias e são
realizados graças ao heroísmo e na luta contra o ostracismo do futebol
nordestino.
Já no fim de 2013, noticiou-se que a Chevrolet, abandonou os 27 estaduais e destinou a
verba de patrocínio de forma integral a CBF. Deixando os estaduais sem
patrocínio “máster”. O Gaúcho, o Mineiro
e Carioca estão sofrendo para repor esse patrocínio, se esses que são recheados
de times grandes sofrem imagina os outros?
Isso não impedirá que os
campeonatos aconteçam, mas interfere na qualidade da competição que na maioria
das vezes já é baixíssima. Mas, a pergunta é por quê? E a resposta na verdade é
bem simples: Nenhuma empresa investe em alguma coisa desorganizada, as empresas
querem visibilidade e para isso é necessário organização.
Os três campeonatos que citei:
Gaúcho, Carioca e Mineiro, dependem de seus times grandes para sobreviver, mas
seguidamente mudam sua forma de disputa. O gauchão é um exemplo nos últimos
anos mudou várias vezes a sua forma.
Falta
a esses campeonatos criar uma forma definitiva de disputa, que se aplique em
todas as suas divisões, e que inclusive profissionalize todas as divisões de
acesso. Isso chama investimento.
Uma
prova disso é o Paulistão que tem uma forma definida e que se aplica a todas as
divisões de acesso. Não é atoa que é o único estadual que fechou patrocínio até
agora, fechou com a Itaipava por um valor de R$ 8 milhões de reais que somado
aos outros patrocínios o valor do Paulistão passa de 20 milhões.
Talvez,
isso explique, porque os clubes paulistas se dedicam tanto a um “reles
estadual” o paulistão paga mais que o brasileirão e a Libertadores. O nosso
estadual premia o campeão com apenas, apenas 6 milhões, e a Libertadores paga ao
campeão pouco mais de 8 milhões de dólares, ou seja, 16 milhões de reais. Vale
e vale muito “se matar” no paulistão, além de levar uma bolada ainda prova que
é melhor que os rivais.
Crônica de n° 49