sexta-feira, 17 de julho de 2015

COINCIDÊNCIA OU NÃO?

Imagem: Google

Bruna Beatris Berghan

            Sempre costumo refletir sobre o dia em que estamos.O que, em outros anos aconteceu.Qual fato mudou a história e o rumo do nosso caminho. Em um único dia tudo pode mudar. Ou até mesmo com coisas alegres, que trazemos para a nossa rotina.
            Pois bem, com isso começo a pensar o que o dia 17 de julho trouxe para a história. Busco bem longe, lá em 1099, onde aconteceu a primeira cruzada, o terceiro dia do massacre da população muçulmana de Jerusalém.
            De lá vamos para 1958, com a detonação da bomba atômica pelos Estados Unidos nas Ilhas Marschall, no Pacífico Central. Até agora só tragédia para um dia. Os anos passaram e no mesmo dia coisas ruins aconteceram, porém de diferente forma e em diferentes lugares.
            Mas não só de tristeza esse dia passou, pois em 1994 o Brasil, nossa seleção, conquistou o tetracampeonato na Copa do Mundo. Sediada nos Estados Unidos, o Brasil venceu a Itália nos pênaltis por um placar de 3 a 2, após noventa minutos empatados em zero a zero.
            Como disse no início, fatos mudaram os rumos da história ou mesmo, a vida de adultos e crianças. Em 1999 estreou na televisão americana o desenho animado Bob Esponja Calça Quadrada, que é sucesso ainda hoje entre várias idades.
            Mas como o nome do texto diz “Coincidência ou não?”,existe uma sequência de fatos que me deixam em dúvida. O primeiro em 1996, o acidente com o voo TWA 800 que saia de Nova Iorque. A aeronave caiu no Oceano Atlântico doze minutos após decolar, causando a morte de todos os seus 230 ocupantes.
            Tragédia que marcou, com certeza, a vida de muitas pessoas. Mas a partir do ano 2000, as coisas ficam mais estranhas. No ano 2000, o avião Alliance Air 7412 perdeu a sustentação e arranhou algumas casas em um conjunto habitacional, batendo em uma colônia. O avião quebrou em quatro pedaços, matando 60 pessoas e ferindo outras cinco.
            Em 2007, acontece o pior acidente aéreo da história brasileira, da América Latina e 11º do mundo, matando 187 pessoas a bordo e 12 pessoas no solo. A queda do Airbus A320 da companhia aérea TAM, no Aeroporto de Congonhas em São Paulo. A aeronave ultrapassou o fim da pista e chocou-se com um depósito de cargas.
            E, no ano passado, 2014, a queda de um Boeing 777 da Malaysia Airlines, com 295 pessoas a bordo, na fronteira entre Ucrânia e Rússia. A empresa alegou perder o contato com o voo, mas relatos iniciais do governo ucraniano informam que a aeronave foi abatida a uma altitude de 10000 metros.
            Esses três acidentes, 2000, 2007 e 2014. Foram graves e chocaram a humanidade. De 7 em 7 anos uma tragédia chocou o mundo. Nesse mesmo dia familiares relembram a pessoa querida que partiu de uma forma tão trágica e brusca. Espero que no dia 17 de julho de 2021, não aconteça isso, não tenhamos mais uma tragédia. E espero que isso não se repita em mais nenhum dia, em nenhum dos 365 ou 366 dias do ano.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

DIA INTERNACIONAL DO HOMEM

Magritte


Antonio Silva
                Nada de flores, bombons, presentes.
                Nada de e-mail, mensagem no celular, Whats.
                Nada, nem sequer um reles parabéns.
                Ninguém pensou em nos acordar com beijos e parabéns, sequer lembram do nosso dia.
Nem fomos liberados a uma noite de cervejadas, futebol, e carne assada.
                Mal sabem que esperamos o ano inteiro por esse dia, ano a ano esperamos que o próximo seja diferente, que no próximo ao chegarmos de um dia cansado de trabalho sejamos recebidos com um jantar romântico, vinho, luz de velas, uma noite perfeita que acabaria em sexo.
                O homem definitivamente está condenado ao ostracismo. Definitivamente esquecido, largado, inutilizado.
                Aos poucos perdemos a exclusividades das tarefas da macheza, jamais pensamos que a mulher poderia abrir um vidro de pepino sozinha, assumir a churrasqueira, tomar conta das tarefas domésticas sem aos menos reclamar que não ajudamos. Não nos deixaram nem as baratas, agora não apenas as matam, mas também eliminam seus restos mortais sem qualquer nojo ou arrependimento.
                Elas que tanto buscaram a igualdade  (e conseguiram) assumiram a dianteira da casa, dos negócios, do tempo.
                Tornam aos poucos o homem um animal extinto, digo mais inútil. Aos poucos vamos desaparecendo na inutilidade que nos toma.

                A prova disso é que nem no nosso dia somos mais lembrados.

NOSSAS ESCOLHAS NOS CRUCIFICAM

Retirantes - Portinari
Antonio Silva


Uma das coisas que mais gosto de fazer é observar como as pessoas se movem, na nossa atual sociedade a qual intitulo como a sociedade das aparências.
            Aparências físicas, mentais e sociais. As pessoas não mais querem saber como você é, não mais querem realmente conhecer você por aquilo que é. Elas querem sim que você pareça algo, ou pelo menos, venda uma ideia.
            Assim aos poucos nos constituímos seres absolutamente iguais, seres incapazes de questionar a realidade, pois estamos presos em pequenos mundos insignificantes, porém, consumidores da nossa razão.
            Desta forma rejeitamos o diferente, criticamos ou rebaixamos porque algo diferente poderia representar perigo. E como essa rejeição se tornou tão natural, ela se manifesta de forma continua. Assim se criou uma espécie de Espiral do Silêncio. Nessa espiral rejeita-se o diferente e se faz com que ele se isole por não estar incluído em um contexto maior.
            E como é bom falar em rejeição, talvez eu já esteja acostumado, mas com certeza isso não me fará mudar, talvez tenha vivido a vida toda com ela que nos tornamos parceiros.
            Sofro com isso pelas minhas escolhas (as quais não pretendo mudar) construí uma identidade própria e é através dela que vivo e defendo meus ideais. Não me importo se as pessoas acham feio ou não gostam da minha barba grande, os apelidos e piadas fortalecem a escolha do caminho certo.
            Torço pela Argentina, a seleção brasileira morreu para mim em 2006, quando tinha um super time e desprezou os adversários. Ao contrário dos modinhas não torço para a Alemanha depois dos 7x1, mas admiro muito o trabalho feito pelos alemães na construção de uma ideia de futebol. Também não torço pela Argentina por causa do Messi. Torço porque me identifico com o estilo de futebol, com muita força, garra, e agora com boas doses de técnica.
            Não gosto de música sertaneja, muito pela construção das letras. Primeiro são letras pobres, qualquer simples análise vai comprovar isso. Segundo além das letras serem pobres falam somente de amores frustrados, bebedeira, dinheiro e desvalorizam as mulheres.
            Não tenho religião, mas não sou ateu, apenas não acho necessário levantar uma bandeira de uma religião qualquer para estar próximo de Deus. Ao contrário Deus não está nas religiões, mas está nos atos e nos sentimentos de cada pessoa. De nada adianta ser um dentro da igreja e outro fora.
            Posso até parecer antissocial, ou até mesmo seja, pois sei o peso das palavras e as uso quando realmente é necessário. É muito fácil falar, mas ser responsável por suas palavras é algo bem diferente.
            Então sendo assim simples, sincero, sem modas e com escolhas próprias estou pronto para ser crucificado pelos “moralistas” de plantão, aqueles que vendem uma ideia, mas as escuras praticam outra, aqueles escravos da aparência, escravos sociais.

            Mas antes ser crucificado com personalidade do que ser mais um morto insignificante.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

UMA VISÃO DE REFLEXÃO

Imagem: Google


Bruna Beatris Berghan

Música realmente é tudo de bom. Nos anima, nos deixa mais pra cima, mais alegre, de bem com a vida. Nos esquecemos dos problemas e sorrimos um pouco mais.
Sinceramente, gosto muito de música, ou melhor, gosto de letras de música. Gosto daquelas que tocam na alma e nos fazem refletir.
Prefiro a música Toda Forma de Amor do Lulu Santos, do que Vale Tudo do Tim Maia. Não por uma questão de estilo ou gosto musical, mas por uma questão de letra. Não estou criticando o falecido cantor Tim Maia e sua música, só estou expressando uma análise entre as letras.
Na música Toda Forma de Amor, Lulu Santos expressa, em sua letra, todas as formas de amor. Exatamente, amor entre homem e mulher, homem e homem e mulher com mulher. Todos são justos. “Consideramos justas toda forma de amor.”
O amor em si é bonito e todos eles são amor. Todos devem ser respeitados por serem o que são. Um casal que se ama e quer passar o resto da vida juntos.
Agora, na música do Tim Maia, Vale Tudo, não quer dizer o que o nome diz. Não vale tudo, pois em um trecho dela o cantor afirma: “Só não vale dançar homem com homem nem mulher com mulher. O resto vale.” Então não vale tudo. Porque as pessoas não podem dançar com quem quiserem.
Isso acontece no mundo musical. Ah, e como seria bom se ficasse só nas músicas. Pena que isso está na nossa vida. Onde pessoas sem escrúpulo ou respeito, ofendem, chamam de nomes de baixo calão, e, por vezes, batem e matam os homossexuais. A crueldade não tem limite.
A ofensa dessas pessoas pega pesado e peca pesado. Usam o nome de Deus em vão. Dizem que Deus é contra, que ela vai punir e castigar. Primeiramente, eles não são Deus pra dizer isso e segundo, quero lembrar das fotos coloridas do Facebook, que foram alvo de críticas.
Muita gente se indignou que estavam querendo mudar algo sem muita relevância. E que a fome e a miséria tinham sido esquecidas. Pois bem, pra mim não foi, só que eu não preciso postar foto toda vez que ajudo alguém. Quem precisa ver está vendo lá de cima, e nem precisa eu postar. Pois Deus vê tudo.
No Facebook, na foto do perfl era adicionada um filtro com as cores do arco íris. O arco íris é um fenômeno de Deus? Sim. É um elo de amor que Deus tem conosco? Sim. Nós todos estamos nesse elo? Sim. Esse elo de amor é como uma aliança de casamento, um elo infinito com nós aqui na terra? Sim.
Então, se ele é um elo de amor que todos estão incluídos com Deus. E todos significa todos os seres vivos do planeta. Porque então todos não podem ter seus direitos, de usar esse símbolo de amor, essa ligação e ter um casamento abençoado, sem estar destinado as críticas da sociedade? Sinceramente desconheço essa resposta, mas fica uma reflexão.
Se você quer ter suas escolhas respeitadas, respeite.