Desde 2008, a ONU (Organização
das Nações Unidas), instituiu o dia 02 de abril como o Dia Mundial de
Conscientização sobre o Autismo, um dia de reflexão e luta por uma melhor
qualidade de vida e inclusão social das pessoas com Autismo. Estima-se que no
Brasil existem aproximadamente 2 milhões de pessoas com Transtorno do Espectro
Autista (TEA) e 70 milhões em todo mundo.
Entre
os principais problemas enfrentados pelas pessoas com autismo estão o
preconceito e a discriminação cultural, já que a deficiência, na maioria dos
casos, não é visível, ou seja, não apresentam aspectos visuais ou marcas no
corpo.
Em
2017, foi divulgado um estudo feito pelo CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo
dos Estados Unidos, revela que uma a cada 100 crianças no mundo nasce com
autismo, o que mostra que houve um aumento nos casos, pois há alguns anos, a
estimativa mostrava que era um caso a cada 500 nascidos. A pesquisa ainda
mostra que a maioria dos casos são em meninos.
Segundo
a Associação Brasileira de Autismo, (ABA), o Transtorno do Espectro Autismo,
caracteriza por alterações presentes desde os primeiros anos de idade, tipicamente
antes dos três anos, que tem como características principais dificuldades de
comunicação, na interação social e no uso da imaginação.
Vale
ressaltar que não existe uma causa específica, mas existem estudos que dizem
que o autismo tem origem em anormalidades genéticas em alguma parte do cérebro.
O diagnóstico para autismo só pode ser feito através de uma avaliação de um
neuropsiquiatria ou de áreas afins.
O
autismo tem algumas classificações que também servem para o diagnóstico e
tratamento correto de cada caso, tais como: Autismo Clássico, Síndrome de
Asperger, Autismo Atípico, Autismo de Alto Nível Funcional, Perturbação
Semântica-Pragmática e a Perturbação do Espectro do Autismo (ASD).
Apesar
das pessoas com autismo terem uma certa dificuldade em interação social e
comunicação, o espectro não impede que eles tenham uma vida como qualquer outra
pessoa, entre os desenvolvimentos mais comuns estão a aprendizagem de línguas,
raciocínio lógico e leitura de forma autônoma.
O
tratamento para o Autismo envolve várias áreas, pois é preciso fazer de forma
global onde todos os envolvidos participem e interajam. O tratamento deve
conter apoio educacional e familiar, desenvolvimento da linguagem e
comunicação, fisioterapia entre outros métodos, pois cada caso possui sua
especificidade.
Os
avanços de estudos na área do autismo e outras deficiências, cada vez mais temos
métodos de inclusão social, o que possibilita a crianças com autismo
desenvolverem suas potencialidades e terem uma vida social como qualquer outra
pessoa.
COLUNA SEMANAL NA EDIÇÃO DIGITAL DO JORNAL INTEGRAÇÃO N° 19 TERÇA-FEIRA 03 DE ABRIL DE 2018