Ao falar sobre deficiências
abre-se um leque muito grande de características e especificidades. Mas, é
muito comum também pensar que pessoa com deficiência é aquela em cadeira de
rodas, com mobilidade reduzida, amputada ou má formada..enfim são muitas as
características que podem definir uma deficiência.
Eu,
por exemplo, minha deficiência só é visível quando estou em pé ou andando, já
se estou sentado ela passa despercebida. Mas, o que quero dizer aqui é que
existem sim deficiências que não são visíveis ou que aparentemente não chamam
atenção das pessoas, como é caso da fibromialgia, esclerose múltipla,
cardiopatia, próteses e deficiências intelectuais.
Muitos
pensam que as deficiências não aparentes, são mais fáceis de lidar pelo fato de
que não tem apelo visual e, que em tese poderiam ter uma "vida
normal". No entanto, não éisso que acontece na realidade, muitas vezes o
preconceito já começa em casa, pela falta de entendimento e compreensão das
necessidades da pessoa. Muitas vezes sintomas como fadiga, cansaço e problemas
de concentração, são tratados como preguiça ou desinteresse.
O
resultado disso é, uma dificuldade ainda maior de colocação social, já que as
pessoas tem dificuldade de entender e compreender a deficiência não aparente.
Isso acaba gerando uma série de preconceitos, pois é muito comum ver pessoas
com deficiência intelectual, por exemplo, sendo chamadas de retardadas ou outras
expressões pejorativas.
Mas,
e ai qual seria o caminho para melhorar essa situação? No contexto legislativo,
recentemente foi aprovado o projeto de lei n° 346/2017 autoriza a colocação da expressão
"pessoa com deficiência" na Carteira de Identidade, um passo
importante para quem tem uma deficiência não aparente, pois evita uma série de
constrangimento.
No contexto
social, ajuda muito se pararmos de julgar as pessoas por sua aparência,
conversar, entender, aprender sobre cada deficiência já é um grande passo para
romper essa barreira do preconceito.
De fato a
deficiência seja ela visível ou não está muito longe de ser compreendida, ainda
somos estigmatizados por uma dificuldade, sendo que todos nós seres humanos
temos algum tipo. O preconceito cega, e a falta de informação contribui para
esse desconhecimento, por isso, além de incluir é, preciso discutir e levar
esses temas para as ruas, escolas, universidades, debates políticos somente
assim vamos de fato vencer o preconceito e enxergar além da deficiência.
COLUNA SEMANAL NA EDIÇÃO
DIGITAL DO JORNAL INTEGRAÇÃO
N° 15 TERÇA-FEIRA 27 DE
FEVEREIRO DE 2018