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domingo, 26 de abril de 2015

SE GAUCHÃO É COPA DO MUNDO, SERÁ A REDENÇÃO DE FELIPÃO?


Antonio Silva
É inegável que foi o fracasso da Copa do Mundo que trouxe Felipão de volta para o Grêmio. Imagina se ele tivesse ganho, ainda por cima vencendo a Argentina na final, seria a maior epopeia do futebol canarinho que teria hoje seis estrelas. Mas quis o destino quer não fosse bem assim e apareceu a tal da Alemanha e seu futebol revolucionário envolvente blá, blá, blá... 
O mesmo fracasso que trouxe Felipão, também levou o Grêmio a transformar o Gauchão em Copa do Mundo. Afinal já são quatro anos sem a glória local, sem comer o churrasco do título, sem poder se vangloriar na retrospectiva dos dezembros fracassados “eu pelo menos ganhei o gauchão e vocês?”
De fato é que essas duas partidas da final serão esclarecedoras para Felipão e seus comandados. A taça será o de menos, mas as duas partidas contra o rival servirão de teste final para o trabalho de Felipão diante de um time fragilizado e dependendo de algumas individualidades para vencer.
Uma final, duas partidas que servirão de teste também para o contestado Braian Rodriguez que herdou a “sina de criticas de Barcos” mas, comparar Braian e Barcos é um desatino. O argentino era um jogador versátil, finalizava, armava, prendia a marcação. Já o uruguaio é um Jardel piorado, mas, bem piorado, não esperem ele marcando, criando jogadas, pois ele só sabe cabecear, mas para isso acontecer é preciso que alguém cruze a bola com qualidade, ai a falta de bons laterais é determinante.
Outro que precisa mostrar futebol é Cristian Rodriguez, pois desde que chegou ao Grêmio, ele simplesmente se esconde atrás do nome. As criticas parecem incomoda-lo, mas para calar a critica ele precisa mostrar futebol e até agora ele só mostrou a cara em eventos por ai mais nada.
Quem pode decidir o clássico por parte do Grêmio, são dois fatores somados, a defesa consistente e segura liderada por Geromel e na frente o trio que vem mostrando um futebol vistoso e efetivo Giuliano, Luan e Douglas. Desses três Douglas é o menos efetivo, mas também o mais brilhante, Guiliano é o melhor meia do campeonato e Luan é o craque em ascensão.
Visto que para muitos essa final, são os dois últimos jogos de Felipão, que tem proposta de R$ 2,4 milhões/mês da seleção chinesa. Mas segundo o próprio Felipão ele não sai, pois vai cumprir o trato que tem com o “Dr. Koff”.
No primeiro Grenal do ano escrevi que Felipão era superior a Aguirre tecnicamente, e continua sendo, mas com uma diferença Aguirre está adaptado e confiante diferentemente do primeiro clássico. Vai ser um grande duelo tático.
Voltando ao título desta crônica será a redenção de Felipão, pois ele mostrará a todos que o que aconteceu em junho passado foi apenas um lapso em uma carreira brilhante. E outra se vencer Felipão será tetra pelo Grêmio.
Apenas para registrar novamente teremos torcida mista, uma tentativa de civilização dos nossos torcedores diante da mídia, mas para falar a verdade isso é uma grande bobagem, pois fazer para meia dúzia é fácil, eu queria ver se fosse estádio cheio.


Crônica Publicada 

terça-feira, 7 de abril de 2015

QUAL A RAÇA DO FUTEBOL

Gonza Rodríuez

Antonio Silva

            Quando eu era criança e ouvia o termo raça no futebol, eu pensava, no Dinho do Grêmio ou no Gamarra do Inter, pensava simplesmente em jogadores “raçudos” nunca pensei em preconceito racial até porque o maior jogador de futebol de todos é negro, a maioria dos jogadores são negros. Mas também nunca pensei em racismo porque para mim nunca existiu raça ou cor de pele, sempre gostei ou desgostei de alguém pelas suas atitudes e não pela cor da pele.
            Quando admitimos que ainda há racismo no futebol é como se construíssemos um muro em meio ao campo. Quando admitimos que há racismo no futebol ele perde o sentido. Quando admitimos que há racismo no futebol abandonamos a c
oletividade, abandonamos o companheirismo, abandonamos o desejo pelo esporte, mas, acima de tudo desistimos de acreditar que esse esporte pode transformar qualquer realidade, esquecemos que esse esporte já parou guerras e transformou o mundo.
            Casos como o do Aranha ano passado e agora o que envolve Fabrício apenas mostram o tamanho do desgoverno no futebol brasileiro, pois os casos só se repetem e alternam a gravidade e nada acontece. São apenas posições brandas como perda de pontos ou multas, a exclusão do Grêmio mesmo foi mais midiática do que punitiva.
            Vamos ao futebol
            O Grêmio está há 11 jogos invicto altera entre boas e más atuações, soluções confiáveis e ao mesmo tempo duvidosas, esperanças e expectativas. Mas Felipão conseguiu o inimaginável com esses jogadores, ele conseguiu convencê-los de que cada jogo é o mais importante e isso de fato é o que está fazendo o Grêmio vencer.
            Já o Inter têm nas vitórias o aval necessário para se blindar, mesmo vencendo a trancos e barrancos, terminou a primeira fase em vantagem. O fato de não ter um time definido é um fator positivo, pois pode confundir o adversário, espero que não comprometa o próprio time.
            O surto de Fabrício aflorou inúmeras discussões, inclusive sobre racismo, com a qual abri esse texto, mas em nenhum momento alguém questionou a atuação do psicólogo do clube. Pois, Fabrício é um caso de tratamento psicológico e caberia a esse profissional identificar na primeira vez que isso aconteceu.

            Pior do que a atitude de Fabrício foi a infeliz declaração do presidente da Federação Gaúcha, pois segundo ele “há situações em que o cara pode sofrer racismo porque merece” por favor né? Em que mundo vivemos, que máscaras usamos. Simplesmente não entendo o que leva um pessoa pública a dar uma declaração dessa. É por essas e outras que o futebol está sucumbindo nas mãos de dirigentes arcaicos.

Crônica Publicada 

terça-feira, 17 de março de 2015

A ATITUDE DE ROMILDO BOLZAN JR

Antonio Silva

            Já havia escrito isso em crônicas anteriores, e volto a dizer: Romildo Bolzan Jr. é o homem que vai salvar o Grêmio. 
            Bolzan entrou 2015 com uma divida de 297 milhões de reais, sendo que o orçamento do clube é de 253 milhões de reais. Isso significa que mesmo que o Grêmio fechasse as portas nessa temporada ainda assim não colocaria as contas em dia.
            Ai entra a importância da administração do politico Bolzan, em dois meses de gestão, ele cortou muitas das despesas do clube. Estima-se que já foram pagos 20 milhões em dividas, ou seja, Bolzan caminha para o equilíbrio financeiro.
            Com o equilíbrio financeiro o Grêmio recupera o crédito diante do mercado, e com isso consegue investidores para novas contratações.
Contratações que atendem pelo nome de Braian Rodriguez, uruguaio de 28 anos atacante algoz de 2013, mas esperança para 2015, e agora Cristian Rodriguez, meia de 29 anos com passagens e principalmente bagagem europeia além do bônus de ser um jogador de seleção uruguaia. Ainda chegou Maicon volante vindo do São Paulo para ser mais uma opção no meio tricolor.
Sobre as contratações são jogadores que estavam em baixa em seus clubes, Braian é um atacante extremamente instável e de poucos gols. Na escassez de qualidade, talvez ele seja uma alternativa, mas nunca uma solução.
Maicon é um volante de qualidade, sabe marcar e jogar, mas seu algoz no São Paulo foram os problemas de relacionamento. É uma aposta! Já Cristian vem com status de salvador, mas de fato ele é um jogador que não se firmou em Portugal aquilo que chamo de “segunda divisão europeia” e na Itália alternou bons e maus momentos e o fato de ser da seleção uruguaia, o que é a seleção uruguaia?
A esperança sempre é Felipão que nesta temporada mais do que nunca tem que tirar leite de pedra.
Não sei se serve de consolo, mas é assim que se começa a reestruturação de um clube, cortando gastos e investindo apenas o necessário. Temos o próprio rival como exemplo que num trabalho de quatro anos se reestruturou e já sabemos o que aconteceu.
O trabalho é longo, cheio de momentos difíceis, mas sempre compensa no final. Resta saber se o torcedor terá paciência.



Crônica Publicada 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

MAIS UM GRENAL EM NOSSAS VIDAS



Antonio Silva

            Estamos muito próximos de mais um Grenal, e um Grenal diferente não apenas por ser o primeiro com a tal de torcida mista. Que a meu ver não tem efeito nenhum em nível de civilização do clássico.
Pois bem, como diz o ditado, clássico arruma a casa, e nesse caso os dois precisam se arrumar já que o futebol mostrado até o momento não agrada nem gregos e nem troianos, ou melhor, gremistas e colorados.
Esse Grenal é diferente, já que, não apresenta nenhum favorito. Não dá para dizer se Grêmio ou Inter são favoritos, as inconstantes atuações de ambos nos credenciam a ver um futebol sofrível, chego a arriscar que esse clássico 404 será um legitimo jogo de xadrez vai, pois vai vencer quem errar menos.
Mas, ai você lê e pensa “O Inter de D´alessandro, Anderson, Aranguíz, Nilmar” é mais que favorito e deve devolver a goleada sofrida o último clássico. Errado! Apesar de ter bons nomes o time do Internacional é mal treinado. Aguirre parece que ainda não entendeu o tamanho do Internacional e a responsabilidade de treina-lo e obviamente está perdido tentando achar uma formula mágica para acomodar todos no time.
Já o Grêmio, Ah o Grêmio é a maior incógnita dos últimos vinte anos, mas uma incógnita advinda da lucidez de um presidente sensato que está tentando colocar ordem na casa. Esse novo Grêmio que se apresenta tem muitas dificuldades sim, tem problemas enormes, mas tem Felipão e uns bons valores individuais, abram o olho com relação a Pedro Rocha, Júnior, e Araújo.
A diferença entre os dois times é abismal, mas times bem montados costumam superar estrelas perdidas em campo. Lembram-se da final do Gauchão 2006, o fraco e modesto time do Grêmio comandado pelo então técnico Mano Menezes deu uma aula tática no Internacional e sagrou-se campeão.
Era nesse ponto que eu queria chegar, do Inter podemos esperar tudo, é quase obrigação dos vermelhos vencer esse clássico e apagar a vergonha do último.
Já do Grêmio não sabemos o que esperar, e isso abre um leque espetacular de possibilidades, pois as inconstâncias podem ser positivas, não há o que esperar então qualquer amostra pode ser positiva. Não há o que exigir dos meninos, então eles podem entrar e resolver. Nesse clássico a pressão será toda colorada.
E diante desse quadro Felipão ao contrário de Aguirre sabe o que tem nas mãos, já fez vários testes e mudanças. Já o técnico colorado ainda não encontrou uma forma de fazer seu time jogar, apresentou inúmeras falhas coletivas e erros individuais que comprometeram as atuações de 2015. É nesse ponto que o Grêmio de Felipão pode sair vitorioso. Felipão é infinitamente superior a Aguirre taticamente falando.

Ah, só para finalizar torcida mista é balela para promover a federação gaúcha e passar mais uma vez a ideia de o povo gaúcho é mais civilizado do que o resto do país. 


Crônica de n° 51

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

APENAS OBSERVANDO

Antonio Silva

            O ano vai ser agitado, já em tão pouco tempo estamos diante de transformações no futebol brasileiro. As crises chegaram, a ilha da fantasia do futebol acabou, azar daquele que não perceber isso. A realidade de baixos investimentos é a rotina em diversos clubes, hoje já não se gasta em apostas e sim em contratações pontuais.
O Gauchão É um dos mais equilibrados dos últimos tempos, e parece que seguirá assim até o fim. As equipes do interior investiram pesado e já deram dor de cabeça a Grêmio e Inter.
            A arbitragem está mais enérgica nesse Gauchão, já temos pelo menos uma expulsão por rodada. É uma orientação da comissão de arbitragem para impor respeito e parece que está funcionado.
            O Grêmio: Parece que finalmente uma direção se deu conta que o clube precisa parar de sonhar e agir com clareza. A readequação financeira é o primeiro passo. Já deixaram o clube mais que um time inteiro, já foram 12 e chegaram apenas 5, e contratações sem expressão. As últimas saídas foram Barcos e Moreno que foram para a China. Para a direção gremista apenas um recado: Dinheiro nenhum paga a própria dignidade. Acordem!
 O Internacional: Parece que está indo na contramão da crise do futebol brasileiro, e anunciou uma verdadeira de seleção de bons nomes, mas são nomes que precisarão provar o investimento, Nilton nunca foi unanimidade no Cruzeiro, chegou a ser reserva, porém terminou o ano bem. Léo é um jovem que ainda mostrou pouco, mas pelo menos não é caro. Rever era reserva do Atlético Mineiro, Vitinho deve ser avaliado apenas pelos três meses de Botafogo e Anderson que seu histórico fale por ele.
China: A China é a nova Disney dos “craques” brasileiro. O que é louvado por alguns, apenas mostra a decadência do futebol brasileiro. Não produzimos mais craques, e o nível está tão baixo que os medianos se transformaram em craques e a China leva. Mas, se realmente fossem bons o destino seria a Europa.
            Gre-nal de torcidas mistas é balela, falta de pulso forte e decisão. Bandido que é bandido age em qualquer lugar, o que precisa é punição e principalmente que elas sejam cumpridas.

            Mais dinheiro e menos bola é o que constatei lendo uma matéria sobre os salários dos jogadores. Em 1995, Romário ganhava o maior salário do Brasil no Flamengo, incríveis R$ 62,5 mil/mês, sendo que um ano antes ele foi eleito o melhor do mundo. Hoje jogadores como Pato, Fred, Hernane Brocador  e outros ganham na base de R$ 800 mil/mês, ou seja, daria para pagar doze Romários. Mas se juntar todos esses aí nenhum servem nem para limpar o barro da chuteira do baixinho.

Crônica n° 50

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O ADEUS DO PIRATA


Gonza  Rodríguez
Antonio Silva


                Barcos foi uma daquelas grandes contratações que vieram para solucionar os problemas do ataque gremista. Barcos vinha de um grande ano no Palmeiras, marcou naquele ano 28 gols e se mostrou uma boa solução para os gremistas.
                E como todos sabem, muitos gremistas amam argentinos, principalmente se ele tiver cabelos longos e loiros (o que não é o caso de Barcos), mas o sotaque castelhano e as madeixas longas conquistaram os tricolores.
                Barcos conquistou pontos preciosos com o torcedor pela sua mística de pirata, tapando o olho a cada gol. Mas, no primeiro ano foram poucos gols, foi o último artilheiro entre os atacantes dos times grandes com apenas 13 gols.
                As criticas vieram e Barcos aguentou e prometeu melhorar, e em 2014, melhorou. Com um posicionamento mais parecido com aquele que o consagrou no Palmeiras o pirata superou sua própria marca marcando 29 gols na temporada, sendo um dos artilheiros do brasileirão e fazendo as pazes com a torcida.
                2015 era para ser o ano de Barcos no tricolor, pois daria continuidade ao trabalho com Felipão que o consagrou no Palmeiras, mas o futebol chinês está tirando o pirata do Grêmio.
                Sempre considerei Barcos um bom jogador, sempre defendi o pirata, pois sempre vi nele um jogador que apesar de limitado tecnicamente, sempre foi voluntarioso e um líder em campo. O Grêmio está perdendo sua principal liderança em campo e fora dele, Barcos era a válvula do ataque do Grêmio.
                Barcos vai para o Changchui Yatai, com um salário de R$ 1,4 milhões, mais que o dobro do que ganha em Porto Alegre.
            Em números pelo Grêmio Barcos atuou 113 jogos, 45 gols. Se tornando o maior artilheiro estrangeiro do clube e o maior artilheiro da Arena com 26 gols.
            A efeito financeiro a venda de Barcos é positiva ao Grêmio que irá receber cerca de 8 milhões de reais, mas a efeito de time, toda responsabilidade cai sobre Marcelo Moreno, e a dúvida é qual moreno que o Grêmio tem: O Moreno de 2014 artilheiro do brasileirão ou o Moreno de 2013, instável, insuficiente.... Isso só o tempo dirá!





            

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A MELANCOLIA DOS ESTADUAIS

Antonio Silva

                O próprio título já descreve, a situação dos campeonatos estaduais Brasil à fora, já são melancólicos por natureza quando pensamos que dificilmente vai acontecer algo diferente do que os gigantes do Brasil vencer seus respectivos campeonatos.
            Mas, não é a essa melancolia que me refiro agora, e sim a melancolia financeira que assombra os estaduais. E nem me refiro aos campeonatos do Norte/Nordeste que recebem verbas pífias e são realizados graças ao heroísmo e na luta contra o ostracismo do futebol nordestino.
            Já no fim de 2013, noticiou-se que a Chevrolet, abandonou os 27 estaduais e destinou a verba de patrocínio de forma integral a CBF. Deixando os estaduais sem patrocínio “máster”.  O Gaúcho, o Mineiro e Carioca estão sofrendo para repor esse patrocínio, se esses que são recheados de times grandes sofrem imagina os outros?
                Isso não impedirá que os campeonatos aconteçam, mas interfere na qualidade da competição que na maioria das vezes já é baixíssima. Mas, a pergunta é por quê? E a resposta na verdade é bem simples: Nenhuma empresa investe em alguma coisa desorganizada, as empresas querem visibilidade e para isso é necessário organização.
            Os três campeonatos que citei: Gaúcho, Carioca e Mineiro, dependem de seus times grandes para sobreviver, mas seguidamente mudam sua forma de disputa. O gauchão é um exemplo nos últimos anos mudou várias vezes a sua forma.
                Falta a esses campeonatos criar uma forma definitiva de disputa, que se aplique em todas as suas divisões, e que inclusive profissionalize todas as divisões de acesso. Isso chama investimento.
                Uma prova disso é o Paulistão que tem uma forma definida e que se aplica a todas as divisões de acesso. Não é atoa que é o único estadual que fechou patrocínio até agora, fechou com a Itaipava por um valor de R$ 8 milhões de reais que somado aos outros patrocínios o valor do Paulistão passa de 20 milhões.
                Talvez, isso explique, porque os clubes paulistas se dedicam tanto a um “reles estadual” o paulistão paga mais que o brasileirão e a Libertadores. O nosso estadual premia o campeão com apenas, apenas 6 milhões, e a Libertadores paga ao campeão pouco mais de 8 milhões de dólares, ou seja, 16 milhões de reais. Vale e vale muito “se matar” no paulistão, além de levar uma bolada ainda prova que é melhor que os rivais.


Crônica de n° 49

domingo, 25 de janeiro de 2015

O ADEUS DE RIQUELME

                                                                       Gonza Rodriguez                                                        
Antonio Silva

Um dos maiores jogadores da história da Argentina, Riquelme, de tantos feitos pelo Boca Juniors, pelo Villarreal da Espanha e mais recentemente pelo Argentino Juniors. Time ao qual ajudou a recolocar na primeira divisão.
Riquelme sempre foi frio, calculista, preciso. Qualquer campo era sua casa, a camisa que vestia era a mais importante, nunca sentiu o peso da camisa ou da torcida adversária.
Um homem de poucas palavras, poucos sorriso, mas de muita lealdade, lealdade a todos os times que defendeu em especial ao Boca Juniors e ao povo argentino. Foi por respeito ao seu povo que jamais aceitou jogar no Brasil.
Ele ainda tinha pique para jogar, mas como ele mesmo disse: "Não encontrei uma proposta que me seduzisse."
Uma pena que poucos atletas joguem por prazer, por desafios, por objetivos, esse tipo de atleta está cada vez mais raro
Riquelme era um dos últimos românticos do futebol.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

UM TIME DE HERÓIS




Antonio Silva


            Nem só de heróis se faz um time, certo? Um time se faz com garra determinação e força. Um time se faz ao juntar bons jogadores bem distribuídos em campo afim de cada um suprir uma dificuldade do outro, para que juntos se transformem em um grupo homogêneo capaz de vencer.
            Mas, esse não é o caso do Grêmio, Há muito tempo o clube não tem heróis que tornem o grupo homogêneo capaz de vencer. Cria alguns heróis sim, mas, apenas por momentos, por instantes, momentos que não levam o clube a glória máxima.
            Imagine agora que seus heróis favoritos dessem uma força para o Grêmio, entre eles estariam, Thor, Wolverine, Batman, Super Homem, Capitão América, Hulk, Aquamen, Flash, Lanterna Verde, Homem de Ferro, Mulher Gavião, Ajax e Professor Xavier.
            Seria incrível um time de super-heróis assim, mas como escalar um time desses como colocar todos juntos para tornar esse time uma máquina.
            Respeitando as características de cada um poderíamos escalar um verdadeiro time de “Galacticos”. Vamos a ele:
            No Gol Thor, é um verdadeiro deus, mas sempre foi meio desajeitado e indisciplinado, com seu martelo poderia ser um bom rebatedor.
            Nas Laterais Flash, corre e pensa rápido. Não serve para meia devido ao lapsos de atenção que tem. Com ele no time poderia-se contrariar a lógica e jogar com um a menos, pois ele faria tranquilamente as duas laterais.
            Na zaga pela sua força e tamanho Hulk, poderia resolver sozinho, mas justamente pelo tamanho e peso poderia ter dificuldades na bola aérea. Falando nisso a Mulher Gavião, seria uma boa companheira de zaga, principalmente nas bolas aéreas defensivas e ofensivas.
            Como volantes Capitão América o primeiro super-herói seria o primeiro depois da defesa, quem sabe acompanhado do Ajax, o marciano imprevisível é um curinga com suas habilidades se encaixa quase em todo o time.
             O meio seria composto por três cérebros entre os super-heróis Batman, que mesmo sem poderes especiais é forte e respeitado. Tem força e inteligência tática como ninguém. E junto com ele o mais experiente entre todos os membros dessa “Liga Tricolor”, Wolverine, tão inteligente quanto o Batman, mas, mais temperamental, sabe usar sua classe, ma também sabe ser violento. E mais a frente Lanterna Verde, iluminando os caminhos do time.
            E no ataque, Super-Homem, com sua velocidade apresenta-se como um bom driblador, um chute potente, e capacidade de improviso com certeza seria o mais popular e o craque do time. E junto com ele Homem de Ferro, e sua armadura cheia de truques e ataques perigosos, junto com eles Aquamen, um especialista em campos molhados.
            E como treinador o cerebral Charles Xavier, e suas teorias comportamentais, além da capacidade de ler mentes que seria muito útil.
            Se não ganhar com esse time, ai como diz o outro “quebra a firma.”



Crônica de n° 48
Quarta 15 de janeiro de 2015.


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

PAPA GREMISTA


Antonio Silva


            Fabrício Carpinejar, há algum tempo, definiu brilhantemente o Papa Bento XVI, como “O Maior Papa Colorado”, pois após Bento XVI assumir o posto sucedendo João Paulo II em 2005, o  Internacional ganhou o Mundial Interclubes, duas Libertadores, duas Recopas Sul-Americana e a Sul-Americana. Transformou o time vermelho numa potência mundial, superando as façanhas do rival.
            Poderia ser apenas uma simples coincidência, a relação de sucesso entre um Papa e um clube de futebol, e se fosse, seria sorte do Internacional que colheu bons frutos na gestão de Bento XVI.
            Mas, coincidências não acontecem duas vezes. O sucessor de Bento XVI, é o simpático e digo mais quase revolucionário Papa Francisco.
            Papa Francisco é argentino e torcedor desde criancinha do San Lorenzo e acredite se quiser, desde que tomou posse, o San Lorenzo decolou. Passou de um quase rebaixamento ao título argentino em 2013, a Libertadores 2014 e ainda tem a Recopa Sul-Americana em 2015 que será um clássico contra o River Plate, que  o time do Papa com as forças divinas já entra em vantagem.
            O San Lorenzo, era o único dos grandes da Argentina que ainda não tinha vencido a Libertadores, e sofria com o peso da pressão pela conquista assim como o Internacional sofreu durante longos anos diante das conquistas do rival.
            Tanto o Internacional quanto o San Lorenzo, dependeram de uma ajuda divina para sair do ostracismo das derrotas. O primeiro recebeu uma ajuda indireta, já que o Papa Bento XVI não tinha relação com o Inter. Caso contrário ao do San Lorenzo que tem no Papa Francisco um torcedor convicto o que não garantiu pleno sucesso já que os argentinos não superaram o poderoso Real Madrid, mas ai também já seria milagre demais, né?
            Mas, ai você leu tudo isso, e se pergunta o porque de toda essa história envolvendo o rival Internacional  e um time da argentina quando o título da crônica subentende-se que o assunto é o Grêmio, pois bem vamos a ele.
            Escrevi tudo isso para dizer que precisamos de um Papa Gremista! Vai ser o único jeito do tricolor de sair dessa maré de maus ventos e derrotas infindáveis. Vejam os exemplos acima.
            Ambos os clubes viveram a maldição das derrotas e secas de títulos, mas ao receberam a benção do Papa. Conseguiram mudar suas rotas e se tornarem vencedores.
            É, por isso, que volto a pedir precisamos de um Papa Gremista, precisamos de toda a ajuda possível, precisamos de alguém que leve nossas orações diretamente ao mestre maior e que interceda com autoridade diante d´Ele para que ele possa nos abençoar com conquistas o mais breve possível para que não percamos o último suspiro de fé que ainda resta.
            Rezar é importante, a reza de mais de 7 milhões de gremistas com certeza chega ao mestre maior, mas se tivéssemos um Papa Gremista poderíamos “pular a fila” e ter nossas orações atendidas afinal quatorze anos já é tempo demais.
            Portanto, um Papa Gremista já!

Crônica de n° 47

Terça-feira 06 de janeiro de 2015.

sábado, 13 de dezembro de 2014

O QUE O GRÊMIO PRECISA PARA 2015

Fraga


Antonio Silva


            Antes mesmo de tentar conquistar o Gauchão, o Grêmio completará 14 anos sem títulos, uma marca indigesta, uma marca que só pertencia ao rival Inter que ficou de 1992 a 2006 sem ganhar títulos importantes. Mas a nível de importância isso não significa nada, pois o que os torcedores querem é taça no armário.
            A faixa colocada na Arena no último jogo do brasileirão é um alerta para os dirigentes, pois até os mais fanáticos do Brasil cansam. É preciso deixar de lado a soberba e olhar para trás enxergar os erros e acertos destes últimos anos e buscar formas de mudar esse quadro.
            O título desta crônica é uma reflexão sobre o próximo ano e pelo que estamos vendo será um ano difícil, mas um ano que se bem administrado poderá ser o ano do recomeço e da reestruturação do Grêmio.
            As dificuldades financeiras provocaram até agora um desmanche na Arena já saíram: Dudu, Alán Ruiz, Zé Roberto, Pará, Matheus Biteco, Barcos e ainda devem sair Geromel, Luan e Wallace. Se estas especulações se confirmarem o Grêmio perderá seis de seus titulares e terá que rebolar para contratar jogadores bons e principalmente baratos.
            Ai vai estar o segredo, pois o Grêmio precisa de jogadores cascudos que entendam que os 14 anos sem títulos como um incentivo a querer vencer, que quando preciso deem carinho, chutão, façam faltas, mas que de maneira nenhuma se conformem com as derrotas. Douglas é o primeiro a chegar, e digo, que ele é sim um bom reforço tanto o Grêmio quanto o Felipão são craques em recuperar jogadores. Pena mesmo é a saída de Barcos que passou dois anos penando na falta de um armador para dar condições para ele marcar gols.
            Douglas parece que vai ser o “cara” do meio-campo, experiente e sábio terá que assumir as responsabilidades diante de um time jovem e sem nomes expressivos que o Grêmio vai ter em 2015. Outros podem chegar entre eles Joel do Coritiba, Cirino do Atlético Paranaense, Thiago Heleno do Figueirense, Juninho do Palmeiras e talvez Suéliton também do Atlético Paranaense. São jogadores de pouca expressão, mas que se encaixam naquela ideia de querer vencer, pois em seus clubes não almejam nenhuma possibilidade de conquista.
Se Marcelo Moreno voltar podemos projetar um esqueleto de time e com pilares fortes em todos os setores, seria Marcelo no gol talvez Geromel no meio Douglas  e no ataque Moreno. Com essa formação o Grêmio teria uma sustentação nos setores fundamentais da equipe podendo completa-la com garotos.
            Essa semana houve a posse do novo presidente Romildo Bolzan Jr. e o discurso dele ao contrário de seus antecessores não promete títulos, grandes contratações e nem resultados imediatos. O corte da folha é umas primeiras medidas, pois é preciso equilibrar as contas para começar uma reestruturação.
            Acredito que essa será a grande marca da gestão de Bolzan, ele vem com o objetivo de recolocar o clube nos trilhos. Só que isso vai levar tempo, uma boa reformulação leva no mínimo quatro anos para acontecer, após isso os títulos veem, a prova disso é o próprio rival Inter.

            O torcedor vai ter que ter paciência. 


Crônica de n° 46
Sábado 13 de dezembro de 2014.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

QUANDO GANHAR É PERDER

Fábio Abreu


Antonio Silva


            O ano para o futebol gaúcho foi terrível, mas terrível mesmo daqueles que devemos achar que foi um pesadelo do qual acordaremos no próximo final de semana. Pode até ter sido um pesadelo, que deixa sequelas quase irreparáveis na história de cada um.

            Tanto Inter quanto Grêmio vivem de migalhas, conquista de vagas e da velha rinha entre os dois que não os leva a lugar nenhum a não ser ficarem cada vez menores em relação aos outros, mas o ego inflado esconde isso.

            Enquanto comemoramos vagas, vitórias em Grenais e reclamamos da arbitragem, os mineiros colocam faixas ensinam a quem quiser como se faz planejamento. O que dizer do Cruzeiro que entrou para ganhar as três competições do ano? E o Atlético que graças a reformulação de Alexandre Kalil saiu do ostracismo de 40 anos sem títulos para conquistar três em dois anos.

            Mas, voltando para a esfera sulista, o Inter comemorou a vaga para a Libertadores realmente como “Uma Taça Invisível” mas, que se fosse visível deixaria escrachado os equívocos cometidos o ano inteiro, como exclusão de jovens, erros gritantes de escalação, enfim Abel e seus comandados tiveram mais sorte do que juízo.

            A situação do Grêmio consegue ainda ser pior, pois se mantém inoperante quanto a resultados. Em dois anos conseguiu cometer os mesmos erros pontuais com relação a comando técnico e grupo de jogadores. Errou em manter Luxemburgo após a copa das confederações, errou em manter Enderson Moreira após a Copa do Mundo. Erros comuns que custaram mais um ano que repete os outros anteriores. Trazer Felipão foi um “anestésico” para as dores gremistas, e chegou a ser uma realidade na conquista de algo melhor, mas a carência do grupo pesou.

            O 2015, do Grêmio, não parece que vai ser muito diferente, as dificuldades financeiras impedem de querer muita coisa, já é uma realidade que Dudu, Alán Ruiz, Matías Rodriguez não ficarão. E Geromel fica até metade do ano, mas é difícil ele permanecer devido ao alto custo.

            Assim o Grêmio não vai ter outra saída senão apostar na base. Há muitos garotos bons, mas a pressão por resultados poderá dificultar o trabalho.

            Já o Inter saboreia a conquista da vaga (justo os colorados que não comemoram vagas) estão eufóricos em retornar a maior competição continental. Mas, está Libertadores será a mais disputada dos últimos tempos, já que os grandes da Argentina estarão de volta.

            Enfim o Inter terá que remontar o seu time. Precisará principalmente refazer sua defesa, reformular o meio campo e reforçar o ataque. Resumindo terá que enxergar seus próprios defeitos e deixar de ser soberbo com relação a si mesmo ou amargara mais um ano fracasso como foi em 2014.

            O ano de 2014, para a dupla foi lamentável, pois nenhum alcançou seus objetivos. O Inter se resguarda na conquista do Gauchão, o Grêmio na única vitória em Grenal.

            E isso é muito pouco para dois clubes centenários que investem milhões.


Crônica de n° 45
Quarta-feira 02 de dezembro de 2014.