Fraga
Antonio
Silva
Antes mesmo de tentar conquistar o
Gauchão, o Grêmio completará 14 anos sem títulos, uma marca indigesta, uma
marca que só pertencia ao rival Inter que ficou de 1992 a 2006 sem ganhar
títulos importantes. Mas a nível de importância isso não significa nada, pois o
que os torcedores querem é taça no armário.
A faixa colocada na Arena no último
jogo do brasileirão é um alerta para os dirigentes, pois até os mais fanáticos
do Brasil cansam. É preciso deixar de lado a soberba e olhar para trás enxergar
os erros e acertos destes últimos anos e buscar formas de mudar esse quadro.
O título desta crônica é uma
reflexão sobre o próximo ano e pelo que estamos vendo será um ano difícil, mas
um ano que se bem administrado poderá ser o ano do recomeço e da reestruturação
do Grêmio.
As dificuldades financeiras
provocaram até agora um desmanche na Arena já saíram: Dudu, Alán Ruiz, Zé Roberto, Pará, Matheus Biteco, Barcos e ainda
devem sair Geromel, Luan e Wallace. Se
estas especulações se confirmarem o Grêmio perderá seis de seus titulares e
terá que rebolar para contratar jogadores bons e principalmente baratos.
Ai vai estar o segredo, pois o
Grêmio precisa de jogadores cascudos que entendam que os 14 anos sem títulos
como um incentivo a querer vencer, que quando preciso deem carinho, chutão,
façam faltas, mas que de maneira nenhuma se conformem com as derrotas. Douglas é o primeiro a chegar, e digo,
que ele é sim um bom reforço tanto o Grêmio quanto o Felipão são craques em
recuperar jogadores. Pena mesmo é a saída de Barcos que passou dois anos penando na falta de um armador para dar
condições para ele marcar gols.
Douglas
parece que vai ser o “cara” do meio-campo, experiente e sábio terá que
assumir as responsabilidades diante de um time jovem e sem nomes expressivos
que o Grêmio vai ter em 2015. Outros podem chegar entre eles Joel do Coritiba, Cirino do Atlético Paranaense, Thiago
Heleno do Figueirense, Juninho do
Palmeiras e talvez Suéliton também
do Atlético Paranaense. São jogadores de pouca expressão, mas que se encaixam
naquela ideia de querer vencer, pois em seus clubes não almejam nenhuma possibilidade
de conquista.
Se Marcelo
Moreno voltar podemos projetar um esqueleto de time e com pilares fortes em
todos os setores, seria Marcelo no
gol talvez Geromel no meio Douglas e no ataque Moreno. Com essa formação o Grêmio teria uma sustentação nos setores
fundamentais da equipe podendo completa-la com garotos.
Essa semana houve a posse do novo
presidente Romildo Bolzan Jr. e o
discurso dele ao contrário de seus antecessores não promete títulos, grandes
contratações e nem resultados imediatos. O corte da folha é umas primeiras
medidas, pois é preciso equilibrar as contas para começar uma reestruturação.
Acredito que essa será a grande
marca da gestão de Bolzan, ele vem
com o objetivo de recolocar o clube nos trilhos. Só que isso vai levar tempo,
uma boa reformulação leva no mínimo quatro
anos para acontecer, após isso os títulos veem, a
prova disso é o próprio rival Inter.
O torcedor vai ter que ter
paciência.
Crônica de n° 46
Sábado 13 de dezembro de 2014.
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