sábado, 13 de dezembro de 2014

O QUE O GRÊMIO PRECISA PARA 2015

Fraga


Antonio Silva


            Antes mesmo de tentar conquistar o Gauchão, o Grêmio completará 14 anos sem títulos, uma marca indigesta, uma marca que só pertencia ao rival Inter que ficou de 1992 a 2006 sem ganhar títulos importantes. Mas a nível de importância isso não significa nada, pois o que os torcedores querem é taça no armário.
            A faixa colocada na Arena no último jogo do brasileirão é um alerta para os dirigentes, pois até os mais fanáticos do Brasil cansam. É preciso deixar de lado a soberba e olhar para trás enxergar os erros e acertos destes últimos anos e buscar formas de mudar esse quadro.
            O título desta crônica é uma reflexão sobre o próximo ano e pelo que estamos vendo será um ano difícil, mas um ano que se bem administrado poderá ser o ano do recomeço e da reestruturação do Grêmio.
            As dificuldades financeiras provocaram até agora um desmanche na Arena já saíram: Dudu, Alán Ruiz, Zé Roberto, Pará, Matheus Biteco, Barcos e ainda devem sair Geromel, Luan e Wallace. Se estas especulações se confirmarem o Grêmio perderá seis de seus titulares e terá que rebolar para contratar jogadores bons e principalmente baratos.
            Ai vai estar o segredo, pois o Grêmio precisa de jogadores cascudos que entendam que os 14 anos sem títulos como um incentivo a querer vencer, que quando preciso deem carinho, chutão, façam faltas, mas que de maneira nenhuma se conformem com as derrotas. Douglas é o primeiro a chegar, e digo, que ele é sim um bom reforço tanto o Grêmio quanto o Felipão são craques em recuperar jogadores. Pena mesmo é a saída de Barcos que passou dois anos penando na falta de um armador para dar condições para ele marcar gols.
            Douglas parece que vai ser o “cara” do meio-campo, experiente e sábio terá que assumir as responsabilidades diante de um time jovem e sem nomes expressivos que o Grêmio vai ter em 2015. Outros podem chegar entre eles Joel do Coritiba, Cirino do Atlético Paranaense, Thiago Heleno do Figueirense, Juninho do Palmeiras e talvez Suéliton também do Atlético Paranaense. São jogadores de pouca expressão, mas que se encaixam naquela ideia de querer vencer, pois em seus clubes não almejam nenhuma possibilidade de conquista.
Se Marcelo Moreno voltar podemos projetar um esqueleto de time e com pilares fortes em todos os setores, seria Marcelo no gol talvez Geromel no meio Douglas  e no ataque Moreno. Com essa formação o Grêmio teria uma sustentação nos setores fundamentais da equipe podendo completa-la com garotos.
            Essa semana houve a posse do novo presidente Romildo Bolzan Jr. e o discurso dele ao contrário de seus antecessores não promete títulos, grandes contratações e nem resultados imediatos. O corte da folha é umas primeiras medidas, pois é preciso equilibrar as contas para começar uma reestruturação.
            Acredito que essa será a grande marca da gestão de Bolzan, ele vem com o objetivo de recolocar o clube nos trilhos. Só que isso vai levar tempo, uma boa reformulação leva no mínimo quatro anos para acontecer, após isso os títulos veem, a prova disso é o próprio rival Inter.

            O torcedor vai ter que ter paciência. 


Crônica de n° 46
Sábado 13 de dezembro de 2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário