Fábio Abreu
Antonio Silva
O ano para o futebol gaúcho foi terrível, mas terrível
mesmo daqueles que devemos achar que foi um pesadelo do qual acordaremos no
próximo final de semana. Pode até ter sido um pesadelo, que deixa sequelas
quase irreparáveis na história de cada um.
Tanto Inter quanto Grêmio vivem de migalhas, conquista de
vagas e da velha rinha entre os dois que não os leva a lugar nenhum a não ser
ficarem cada vez menores em relação aos outros, mas o ego inflado esconde isso.
Enquanto comemoramos vagas, vitórias em Grenais e
reclamamos da arbitragem, os mineiros colocam faixas ensinam a quem quiser como
se faz planejamento. O que dizer do Cruzeiro que entrou para ganhar as três
competições do ano? E o Atlético que graças a reformulação de Alexandre Kalil
saiu do ostracismo de 40 anos sem títulos para conquistar três em dois anos.
Mas, voltando para a esfera sulista, o Inter comemorou a
vaga para a Libertadores realmente como “Uma Taça Invisível” mas, que se fosse
visível deixaria escrachado os equívocos cometidos o ano inteiro, como exclusão
de jovens, erros gritantes de escalação, enfim Abel e seus comandados tiveram
mais sorte do que juízo.
A situação do Grêmio consegue ainda ser pior, pois se
mantém inoperante quanto a resultados. Em dois anos conseguiu cometer os mesmos
erros pontuais com relação a comando técnico e grupo de jogadores. Errou em
manter Luxemburgo após a copa das confederações, errou em manter Enderson
Moreira após a Copa do Mundo. Erros comuns que custaram mais um ano que repete
os outros anteriores. Trazer Felipão foi um “anestésico” para as dores
gremistas, e chegou a ser uma realidade na conquista de algo melhor, mas a
carência do grupo pesou.
O 2015, do Grêmio, não parece que vai ser muito
diferente, as dificuldades financeiras impedem de querer muita coisa, já é uma
realidade que Dudu, Alán Ruiz, Matías Rodriguez não ficarão. E Geromel fica até
metade do ano, mas é difícil ele permanecer devido ao alto custo.
Assim o Grêmio não vai ter outra saída senão apostar na
base. Há muitos garotos bons, mas a pressão por resultados poderá dificultar o
trabalho.
Já o Inter saboreia a conquista da vaga (justo os
colorados que não comemoram vagas) estão eufóricos em retornar a maior
competição continental. Mas, está Libertadores será a mais disputada dos
últimos tempos, já que os grandes da Argentina estarão de volta.
Enfim o Inter terá que remontar o seu time. Precisará
principalmente refazer sua defesa, reformular o meio campo e reforçar o ataque.
Resumindo terá que enxergar seus próprios defeitos e deixar de ser soberbo com
relação a si mesmo ou amargara mais um ano fracasso como foi em 2014.
O ano de 2014, para a dupla foi lamentável, pois nenhum
alcançou seus objetivos. O Inter se resguarda na conquista do Gauchão, o Grêmio
na única vitória em Grenal.
E isso é muito pouco para dois clubes centenários que
investem milhões.
Crônica
de n° 45
Quarta-feira 02 de dezembro de 2014.
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