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Imagine
a seguinte situação: Um garoto de 12 anos, longe de seu país, longe de sua mãe
e irmãos, se isso não bastasse tudo isso, esse garoto que adora futebol tem
problemas de crescimento. Essa é a história de Lionel Messi, contada pelo
jornalista e escritor Luca Caioli no livro chamado: Messi o garoto que virou
lenda, livro de 212 páginas dividido em capítulos, que proporciona uma leitura agradável
e cheia de surpresas sobre a vida de um dos maiores jogadores de futebol de
todos os tempos.
A história de Messi começa quando
muito antes do seu nascimento, Messi é fruto da imigração, seus antepassados
saíram da Itália, em busca de novas oportunidades no Novo Mundo. “Messi é um sobrenome que vem de
Recanati, na província de Macerata, cidade da região italiana de Marcas.
Sobre Messi, nasceu em Rosário na Argentina em 30 de
junho de 1987, parecia ser apenas mais um simples membro da família composta
por Célia, Jorge e os outros dois filhos Matías e Rodrigo, anos mais tarde
chegará Maria a irmã caçula.
Messi sempre demostrou ser como um garoto qualquer, sempre
gostou de futebol, torcedor do Newell´s Old Boys, chamados de “leprosos”. Junto
com sua avó acompanhava seu irmão Rodrigo aos treinos de futebol, até um dia
faltando um no time o treinador pediu para colocar Messi, mesmo sendo o menor
dos jogadores em campo, ele dominou a partida, tanto que nunca mais saiu do
time.
Assim nasceram muitas histórias a respeito das proezas do
pequeno Messi, como quando “um treinador prometeu um alfajor por gol marcado, ele
conseguiu devorar oito numa partida só.”
Com histórias como essa começava a
nascer um estrela no céu de Rosário, uma estrela que não brilhou nos grandes
Boca Juniors e River Plate, mas que logo alço voos maiores que o levaram para a
Espanha. Mas, ainda na Argentina jogou na base do Newell´s, e ali já se
apresentavam características que anos depois fariam dele o maior do mundo
segundo “Adrián Coria ex-treinador das
categorias de base do Newell´s “As
faltas o deixavam com mais vontade, quanto mais iam atrás ele, mais os
encarava.”
Mas, nem tudo na vida de Messi são
alegrias, a viagem para a Espanha com 12 anos, ficar longe da mãe e dos irmãos,
encarar a desconfiança inicial de alguns dirigentes do Barcelona, tudo isso
sempre encantando nos gramados. Messi e a bola tinham uma cumplicidade, o
garoto miúdo, tímido se transformava num gigante com a bola nos pés. Mas, seu
sonho era jogar futebol, e estava disposto a enfrentar tudo, desde a saudade da
família até as injeções todas as noites para crescer.
Outra
característica exaltada em muitos momentos do livro foi a humildade de Messi,
apesar da fama, dinheiro, publicidade nunca deixou de ser o mesmo menino de
Rosário, são muitos os trechos onde isso fica evidente: “Ele tem consciência de quem é. Por isso, ser famoso, dar autógrafos ou
tirar fotos com fãs não o incomoda.” Talvez trate as pessoas como gostaria
de ser tratado, ou simplesmente, não deixou de ser humano com tudo o que ganhou
seja em Barcelona ou em Rosário Messi é diferenciado com todos: Há alguns meses, em Rosário, uma criança o
para no sinal. Quer uma foto. O normal seria que Leo abaixasse a janela e que a
criança fizesse a foto com o celular. Mas não é assim. Leo estaciona o carro,
desce e tira a foto.
Messi é sempre o mesmo dentro e fora de campo e apesar
das jogadas, dribles e gols nada para ele é mais importante que a vitória e os
títulos coletivos: “O importante não são
meus gols, mas a equipe.” Mas, as dificuldades tendem a aparecer, desde a
dificuldade de regularização para jogar na Liga, até as suscetivas lesões que
deram a ele o apelido de “A estrela de vidro”
Mas, nada o abalaria o futebol era o antídoto e estava cercado de estrelas como
Ronaldinho Gaúcho, que foi fundamental na sua adaptação e ambientação com os
profissionais. O gol contra o Getafe “palgiando” Maradona trás a tona a discussão
histórica na Argentina: “Messi é o novo Maradona” pesava a ele a comparação.
O sucesso no Barcelona os títulos, os recordes não se
repetiam na seleção, apesar dos títulos na base e nas olímpiadas sempre pediam
mais, queriam o Messi brilhante, decisivo, genial. No auge da impaciência foi
chamado de “Messi espanhol” pelos Argentinos. Maradona saiu em defesa: “Quem disser que ele não tem sente amor pela
camiseta é um estúpido.”
Para Guardiola Messi: “Transformou
em habitual o extraordinário.” E isso talvez explique os recordes
individuais, as Bolas de Ouro, as conquistas com o Barcelona. Mas, Messi deve
muito disso ao pai que cuidou de sua carreira e o deixou apenas jogar futebol,
se divertir, ser criança.
O livro conta a história de um craque, um gênio, um dos
maiores de todos os tempos. Um cara humilde, tímido, que tem na bola sua melhor
companhia. Mas, também conta as dores, as dúvidas, as mágoas, os fracassos com
a Argentina. Messi é a mistura disso tudo, um cara família, mas ao mesmo tempo
cidadão do mundo. São essas contradições que fazem de Messi um gênio.