segunda-feira, 30 de outubro de 2017

LÁGRIMAS

Imagem: Google

As lágrimas rolavam intensamente,
Não dava para segurar,
Os olhos tinham vontade própria,
Precisavam colocar pra fora,
O que as palavras não davam conta.
Entre um soluço e outro,
Breves surtos de desespero,
Ainda havia esperança,
Ainda havia a necessidade de seguir.
Em meio as lágrimas,
Os lábios se tocaram,
Os rostos molhados também,
Numa forte mistura de sentimentos,
Eles se amaram intensamente.
As lágrimas deram lugar,
Aos corpos suados,
Amar parecia ser menos doído,
Amar parecia ser mais intenso.
Dormiram nus,
Abraçados.
O sono ocupou os olhos,
Venceu as lágrimas,
O sono era a paz,
que buscavam,
Era a trégua da dúvida,
Era a segunda chance do amor.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

RODRIGO CAIO E JÔ NUM PAÍS SEM REFERÊNCIAS

Foto: Divulgação
Antonio Silva

            O futebol é muito mais que um jogo, é também um campo para grandes debates, tudo pode ser debatido dentro das quatro linhas. E ultimamente são muitos os debates, racismo, homofobia, intolerância, violência e ética.
            Esse último principalmente após a atitude de Rodrigo Caio, ainda no campeonato paulista, quando alertou o árbitro sobre uma falta e um cartão que havia dado para Jô do Corinthians. Esse fato deu a Rodrigo Caio dimensões inimagináveis, incontáveis elogios e em pouco tempo tornou-se o jogador exemplo do futebol, um ato de honestidade deu-lhe mais reconhecimento do que seu futebol dentro de campo.
            Na época o beneficiado foi Jô do Corinthians que se levasse aquele cartão estaria fora do jogo decisivo contra o São Paulo de Rodrigo Caio. Jô parabenizou Rodrigo, disse que ele era exemplo de honestidade para os outros atletas.
            Mas quis o destino que Jô, aquele que pediu mais honestidade no futebol, tivesse a chance de ser honesto assumir que a bola bateu em seu braço no jogo contra o Vasco, porém, Jô aquele mesmo que aplaudiu Rodrigo Caio e pediu mais honestidade, simplesmente nada vez.
            Isso fez com que uma onda de críticas caíssem sobre seus ombros, muitos cobravam honestidade de Jô, cobravam que ele desse continuidade ao legado de Rodrigo Caio, mas Jô não teve a mesma coragem, Jô sucumbiu ao jeitinho brasileiro, ao “Faça o que digo, mas não faça o que faço”. Jô foi o brasileiro comum, preocupado com um parte e não com o todo, Jô fez a alegria dos seus e deu aos outros a revolta.
            Mas, porque no mesmo esporte, em situações parecidas, em momentos em que dever-se-ia exercitar a honestidade, isso não aconteceu? Qual seria a saída para isso tudo? Alguns são éticos e outros não? Qual o caminho certo, afinal?
            Se pensarmos na forma de conduta, Jô foi ardiloso em conseguir ludibriar o árbitro em benefício próprio e, com isso levar vantagem, isso significa que o ato praticado por ele é contra o fair Play, a solução para isso são duas: Educação, desde a base fazer com que o atleta faça o certo, ou punição, que seria via arbitragem e consequentemente levar aos tribunais, mas para isso, é necessário que haja consenso entre todas as partes envolvidas.
            Por isso, não se deve deixar de questionar a atitude do Corinthiano Jô, pois a ética no futebol começa pelos atletas, são eles que deveriam ser os primeiros a promover de forma positiva a aplicação das regras, em prol da qualidade do espetáculo e, sobretudo saber que uma má conduta pode comprometer a grandeza do esporte.
            Mas de fato somos uma sociedade carente de referências, pois é errado endeusar Rodrigo Caio, assim como é errado apedrejar Jô. É preciso entender que ambos os casos são reflexos da construção social do brasileiro, o jeitinho, a malandragem, a esperteza em muitos casos são formas de sobreviver. Já o ato honesto de Rodrigo Caio parece um alento as mazelas que nos assolam todos os dias, mas que na verdade não passam de um suspiro em meio a um mar de ilusões.

            De fato nem Rodrigo nem Jô são referências de moral, pois a realidade não condiz com essas atitudes onde tudo parece aceitável desde que seja feita a felicidade geral da nação.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

VALEU, LUAN

Imagem da Internet

Antonio Silva
Luan sairá do Grêmio,
Mas o Grêmio nunca sairá do Luan. 
Vai carregar sempre a bênção da camisa 7,
A bênção da mística camisa que pesou para muitos,
 Mas que para ele sempre caiu como uma luva,
Como se fossem feitos um para o outro. 
A 7 de Renato vestiu Luan, e fez dele um grande jogador, frio, calmo, mas ao mesmo tempo ágil e inventivo, capaz de enganar qualquer defesa. 
O menino tímido que sofreu com as críticas, sempre deu a resposta no campo, com passes e jogadas espetaculares.
Luan dos gols em Grenais, das provocações, do bom e velho futebol,
 Luan dos golaços, dos dribles, das arrancadas,
 Luan o cérebro de um time de gênios,
Que calou estádios e fez pulsar como nunca a Arena. 
Luan conquistador de territórios, artista de vários palcos, seu show era pra todos.
 O craque é sempre símbolo de democracia. 
Luan das poucas palavras, seu diálogo preferido sempre foi com a bola,
Luan das diversas tatuagens, para esconder as marcas da vida.
Luan segue teu caminho, conquiste novos territórios,
Mostre ao mundo teu talento, tua genialidade,
Talhadas com a garra gaúcha. 
Luan, vibre, vença, domine.  
Seja gremista sempre, pois isso te dará forças para vencer qualquer desafio, isso te fará imortal. 
Conquiste a Europa, o mundo, seja um cidadão do universo. 
E quando quiser voltar já sabe o endereço,

E a camisa 7 vai estar a tua espera. 

quarta-feira, 26 de julho de 2017

MESSI: UMA VITÓRIA DE TODOS

Imagem: Google/Divulgação

         Imagine a seguinte situação: Um garoto de 12 anos, longe de seu país, longe de sua mãe e irmãos, se isso não bastasse tudo isso, esse garoto que adora futebol tem problemas de crescimento. Essa é a história de Lionel Messi, contada pelo jornalista e escritor Luca Caioli no livro chamado: Messi o garoto que virou lenda, livro de 212 páginas dividido em capítulos, que proporciona uma leitura agradável e cheia de surpresas sobre a vida de um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos.
            A história de Messi começa quando muito antes do seu nascimento, Messi é fruto da imigração, seus antepassados saíram da Itália, em busca de novas oportunidades no Novo Mundo. “Messi é um sobrenome que vem de Recanati, na província de Macerata, cidade da região italiana de Marcas.
            Sobre Messi, nasceu em Rosário na Argentina em 30 de junho de 1987, parecia ser apenas mais um simples membro da família composta por Célia, Jorge e os outros dois filhos Matías e Rodrigo, anos mais tarde chegará Maria a irmã caçula.
            Messi sempre demostrou ser como um garoto qualquer, sempre gostou de futebol, torcedor do Newell´s Old Boys, chamados de “leprosos”. Junto com sua avó acompanhava seu irmão Rodrigo aos treinos de futebol, até um dia faltando um no time o treinador pediu para colocar Messi, mesmo sendo o menor dos jogadores em campo, ele dominou a partida, tanto que nunca mais saiu do time.
            Assim nasceram muitas histórias a respeito das proezas do pequeno Messi, como quando “um treinador prometeu um alfajor por gol marcado, ele conseguiu devorar oito numa partida só.”
            Com histórias como essa começava a nascer um estrela no céu de Rosário, uma estrela que não brilhou nos grandes Boca Juniors e River Plate, mas que logo alço voos maiores que o levaram para a Espanha. Mas, ainda na Argentina jogou na base do Newell´s, e ali já se apresentavam características que anos depois fariam dele o maior do mundo segundo “Adrián Coria ex-treinador das categorias de base do Newell´s  “As faltas o deixavam com mais vontade, quanto mais iam atrás ele, mais os encarava.”
            Mas, nem tudo na vida de Messi são alegrias, a viagem para a Espanha com 12 anos, ficar longe da mãe e dos irmãos, encarar a desconfiança inicial de alguns dirigentes do Barcelona, tudo isso sempre encantando nos gramados. Messi e a bola tinham uma cumplicidade, o garoto miúdo, tímido se transformava num gigante com a bola nos pés. Mas, seu sonho era jogar futebol, e estava disposto a enfrentar tudo, desde a saudade da família até as injeções todas as noites para crescer.
Outra característica exaltada em muitos momentos do livro foi a humildade de Messi, apesar da fama, dinheiro, publicidade nunca deixou de ser o mesmo menino de Rosário, são muitos os trechos onde isso fica evidente: “Ele tem consciência de quem é. Por isso, ser famoso, dar autógrafos ou tirar fotos com fãs não o incomoda.” Talvez trate as pessoas como gostaria de ser tratado, ou simplesmente, não deixou de ser humano com tudo o que ganhou seja em Barcelona ou em Rosário Messi é diferenciado com todos: Há alguns meses, em Rosário, uma criança o para no sinal. Quer uma foto. O normal seria que Leo abaixasse a janela e que a criança fizesse a foto com o celular. Mas não é assim. Leo estaciona o carro, desce e tira a foto.
Messi é sempre o mesmo dentro e fora de campo e apesar das jogadas, dribles e gols nada para ele é mais importante que a vitória e os títulos coletivos: “O importante não são meus gols, mas a equipe.” Mas, as dificuldades tendem a aparecer, desde a dificuldade de regularização para jogar na Liga, até as suscetivas lesões que deram a ele o apelido de “A estrela de vidro” Mas, nada o abalaria o futebol era o antídoto e estava cercado de estrelas como Ronaldinho Gaúcho, que foi fundamental na sua adaptação e ambientação com os profissionais. O gol contra o Getafe “palgiando” Maradona trás a tona a discussão histórica na Argentina: “Messi é o novo Maradona” pesava a ele a comparação.
O sucesso no Barcelona os títulos, os recordes não se repetiam na seleção, apesar dos títulos na base e nas olímpiadas sempre pediam mais, queriam o Messi brilhante, decisivo, genial. No auge da impaciência foi chamado de “Messi espanhol” pelos Argentinos. Maradona saiu em defesa: “Quem disser que ele não tem sente amor pela camiseta é um estúpido.”
Para Guardiola Messi: “Transformou em habitual o extraordinário.” E isso talvez explique os recordes individuais, as Bolas de Ouro, as conquistas com o Barcelona. Mas, Messi deve muito disso ao pai que cuidou de sua carreira e o deixou apenas jogar futebol, se divertir, ser criança.

O livro conta a história de um craque, um gênio, um dos maiores de todos os tempos. Um cara humilde, tímido, que tem na bola sua melhor companhia. Mas, também conta as dores, as dúvidas, as mágoas, os fracassos com a Argentina. Messi é a mistura disso tudo, um cara família, mas ao mesmo tempo cidadão do mundo. São essas contradições que fazem de Messi um gênio.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

SANT´ANA O VERDADEIRO IMORTAL

Foto: Diário do Centro do Mundo/ Divulgação

Sant'Ana era o mito antes da palavra mito ganhar esse significado. 
Sant'Ana era a irreverência em pessoa, autêntico, polêmico, humano. 
Sant'Ana era um homem de mil faces, advogado, inspetor de polícia, vereador, Gremista com G maiúsculo.
 Da crônica nossa de cada dia. 
Sant'Ana não era fanático, ele inventou o fanatismo. 
Enquanto todos vestiam a camisa da neutralidade,
Sant'Ana vestia duas camisas do Grêmio. 
Sant'Ana era diferente, criativo, original.
Estava sempre à frente do seu tempo. Sempre lançou tendência, seja na escrita ou na flauta inesquecível, quando se vestiu de baiana no Jornal do Almoço. 
Sant'Ana também era o homem dos comentários certeiros, ríspidos, duros. Parecia um dicionário ambulante, uma enciclopédia humana. ´
Sant'Ana gostava de inverter as lógicas, fazia-nos ler o jornal de trás pra frente,
Para Sant'Ana que tinha no cigarro o antídoto para o câncer e os derrames,
Sant'Ana era a alma de Porto Alegre, era as palavras da cidade,
Sant'Ana das palavras fortes, do carinho, da defesa incansável do Grêmio, jamais alguém defendeu ou defenderá um clube assim. 
Sant'Ana merecia uma estátua na Arena, um espaço no museu, uma galeria com seu nome. 
Sant'Ana não morreu, afinal ele é imortal, imortal nas palavras nas páginas da Zero Hora, nos comentários da Rádio Gaúcha, nas flautas e nas indignações com o Grêmio. 
Sant'Ana é um imortal por ser diferente, vibrante, por ter amado acima de tudo, Sant'Ana era o diferente e os diferentes nunca morrem. 
Quis o destino que Sant'Ana falecesse na noite de uma vitória do Grêmio, uma vitória com a irreverência do Grêmio de Renato que também é o Grêmio de Sant'Ana. 

Parte para o céu de camisa do Grêmio e cigarro na mão. Duas coisas jamais se apagaram seu amor pelo Grêmio e seu cigarro. 

segunda-feira, 17 de julho de 2017

NÔMADE




Volto a minha terra,
Mas não reencontro meu passos,
Nem minha paz.
As páginas do tempo,
Secaram as lágrimas e os caminhos. 
Me sinto numa terra estranha,
Perdi a raiz. 
Não floresço mais,
Esqueci de regar as lembranças,
Fotografias não tem sentimentos. 
Me tornei cidadão do mundo,
Mas não tenho um mundo pra andar. 
Sou folha seca em meio ao vendaval. 
Esperando a pena de alguém,
Que se interesse por mim. 

domingo, 16 de julho de 2017

ARANHA: NÃO FAÇA DO PRECONCEITO SEU ESCUDO

Foto: Globoesporte.com/Divulgação

Após a derrota de 3 a 1 da Ponte Preta para o Grêmio na Arena, o goleiro Aranha, aquele mesmo que sofreu com um caso de racismo em 2013, soltou a seguinte declaração: “É sempre assim no Sul: Vejo ódio na cara das pessoas.”
            É inegável que o Aranha sofreu racismo, é inegável que o Grêmio foi punido e pagou uma conta até pesada demais, mas, será que esse goleiro vai viver sempre a sombra desse episódio? Será que cada vez que ele vier a Arena ou enfrentar o Grêmio ele vai lembrar esse episódio?
            Será que ele não cansa de acusar o povo gaúcho e a torcida do Grêmio de racistas? Será que ele conhece a história desse povo e desse clube? Será que ele ainda não percebeu que ele não passa de um goleiro medíocre e que não vai ganhar projeção alguma com esse vitimismo?
            O mesmo Aranha que se diz vítima de racismo é, aquele que recentemente mostrou-se claramente homofóbico, ao declarar que achava que os repórteres gostavam de ver homens pelados no vestiário e, se gostarem qual é o problema?
            Aranha se faz de vítima para ganhar mídia, se faz de vítima para aparecer, finge sofrer a dor do passado para se manchete. Faz isso, pois sabe que dentro de campo não passa de um goleiro médio, fraco, medíocre. Aranha faz marketing de tragédia melhor do joga futebol.
            Ao invés de usar seu exemplo para lutar contra o fim do preconceito dentro futebol, faz exatamente o contrário, se vitimiza, se encolhe, se aceita como fraco, como incapaz, quando podia ser a voz ativa de um movimento que lutaria pelo fim dos preconceitos.
            Aranha não chame o Grêmio e o povo do sul de racista, os erros do passado e mesmo do presente não devem virar rótulos. Deixe de ser vítima, deixe de ser coadjuvante e passe a ser ator principal dessa história.
            Mas, para isso acontecer terá primeiro que lidar com seus próprios preconceitos.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

TRABALHANDO PELOS SONHOS

Foto: Antonio Silva/Arquivo Pessoal

Recentemente recebi o livro “Fábrica de Sonhos” do meu querido amigo, o jornalista, cronista, radialista, escritor e coach, Fabiano Brasil. Fábrica de Sonhos, como o próprio nome diz, fala sobre a projeção de nossos sonhos e o que fazemos para realizá-los.

            Livro de leitura prática, rápida e prazerosa, Fábrica de Sonhos, parece-se muito com seu autor, pois Fabiano sempre busca colocar prazer e amor em tudo o que faz. Mas, falando sobre o livro ele começa com as histórias do autor, Fabiano conta diversas situações que viveu ao longo da vida, as descobertas, os sonhos as emoções que viveu. Emoções como a de conhecer Sérgio Zambiasi, ou de ganhar um troféu e presentear seu pai, ou de ganhar um rádio AM/FM de presente. Tudo isso o fazia, como diz no livro “estar próximo do seu sonho.”

            O livro também tem um espaço dedicado aos imprevistos, afinal, todos nós sofremos com isso. Nessa parte, Fabiano conta algumas dificuldades que viveu, mas, também conta como fez para superar as mesmas, como da vez que te que vender seu próprio jornal para poder voltar para casa.

            Assim segue o livro de leitura agradável, alegre e reflexiva. Um livro que proporciona um exercício individual de pensamento: “O que estamos fazendo pelos nossos sonhos”. Pergunta difícil, por vezes até perturbadora, mas, necessária na incerteza da vida.

            Ainda há espaços específicos de Coaching, como “Novos hábitos em 21 dias” possibilitando uma reprogramação de nossas atividades facilitando assim alcançar nossos objetivos. E também o “Diário de Bordo” no qual Fabiano ensina que este diário é “um compromisso meu, comigo mesmo” que auxilia na disciplina, realização e concretização dos sonhos.

            Também foi reservado um espaço para suas crônicas, muitas delas partilhadas com seus leitores no Facebook. Nelas é possível perceber a sensibilidade do Fabiano ao escrever, dar toques sutis que fazem toda a diferença, provocar reflexão e também alegrar o dia de quem se propõe a ler.

            O livro é finalizado com “O Meu Sonho” espaço dedicado aos agradecimentos, além disso tem uma galeria de fotos chamada “Galeria de Sonhos” mostrando vários momentos da vida e da carreira do autor.

            Como disse no início, o livro é leve, prazeroso de ser lido e reflexivo, faz com que pensemos na nossa “Fábrica de Sonhos” e o que estamos fazendo por ela, por isso, resolvi compartilhar parte da minha:
Foto: Antonio Silva/Arquivo Pessoal

            Quem me conhece sabe que sou estudante de jornalismo, muito devido ao amor pelo rádio, e foi no rádio que ouvi certa vez um cara chamado “Fabiano Brasil” repórter esportivo da Rádio Guaíba. Quando ouvia, ficava imaginando como ele era, como era trabalhar com o jornalismo, conhecer jogadores, estar na beira do gramado.

            Alguns anos depois, quando já era estudante de jornalismo da Universidade Feevale, encontrei o Fabiano Brasil no Facebook, convidei e logo fui aceito. Tempos depois junto com meus amigos, Bruna e Rafael, criei um programa no Núcleo de Rádio da Feevale, chamado “Bate Bola Feevale” e quando começamos a entrevistar jornalistas o primeiro foi o Fabiano Brasil, que depois virou amigo e comentarista do programa.

            Acredito que essa seja uma pequena parte da minha “Fábrica de Sonhos”. E é essa a grande mensagem do livro: cada conquista, cada degrau é um passo para a satisfação seja ela pessoal ou profissional.

            Nós seremos sempre os principais operários de nossa “Fábrica de Sonhos.”

quarta-feira, 7 de junho de 2017

OLHOS

Imagem: Mark Brown


Olhando nos teus olhos,
Pude ver nossa boca se aproximando. 
Pude sentir o sabor do beijo,
O calor dos corpos,
À velocidade do coração. 
Nossos corpos se libertarem,
Pude ver seus segredos, 
Pude experimentar seus sabores, 
Por instantes fomos um só. 
Olhando nos teus olhos. 

domingo, 28 de maio de 2017

CONVERSA

Imagem: Internet

Antonio Silva
Gosto de conversar com você,
Mesmo que a conversa,
Não tenha nexo, ou objetivo.
Quando tomamos café juntos,
Encho teus ouvidos de besteira.
Você me olha, concorda, discorda,
Critica, ri.
Gosto de entrar na madrugada,
Com sua companhia.
Me sinto bem, no auge do delírio
Vc está ali do meu lado.
Mesmo falando um monte de bosta,
Vc me ouve com atenção.
Seus olhos brilham, seu
Sorriso me diz, que pelo menos
Posso estar te divertindo.
Gosto de conversar com você,
Me sinto vivo. 

quarta-feira, 24 de maio de 2017

KANNEMANN E A ALMA TRICOLOR

Crédito da Imagem: Facebook/KannemannZueiro

Antonio Silva

            Kannemann é para o Grêmio um símbolo de raça e força, um zagueiro sério, misterioso, inteligente. Um argentino de poucas palavras, mas de muito futebol. Alma gêmea de Geromel, ambos se falam pelo olhar, não precisam de palavras, gestos, precisam apenas estar ali.
            Kannemann chegou trazendo consigo a desconfiança, uma má passagem no México, mas como bom zagueiro, mostrou em campo que sabia como conquistar a torcida, além do bom futebol, tinha muita raça, ingrediente indispensável para jogar no Grêmio.
            Kannemann, é de poucas palavras, fala pouco, parece por vezes, tímido, mas dentro de campo é uma fera, pensa o jogo como poucos, entende a importância da sua função. Parece uma cobra com botes certeiros. Ele sabe que cada bola roubada é um pedacinho de alegria.
            Ele sabe que qualidade tática e técnica, não são nada se não tiver garra, vontade de vencer.
            Kannemann sabe da responsabilidade que tem, sabe que precisa ser o anjo das bolas áreas, mas que também precisa ser o cão de guarda da defesa. Sabe que ocupa o lugar de mitos como Aílton Pavilhão, Oberdan, Mauro Galvão. Precisa honrar o espaço para escrever seu nome na história.
            Kannemann carrega consigo a raça argentina, que tem brutalidade e delicadeza misturadas. O mesmo zagueiro que chega junto, tromba, derruba. Pode dar um passe doce para iniciar uma jogada de ataque.
            Para Kannemann não tem bola perdida, não tem jogada perigosa, cada bola é disputada com a própria vida. Ele vive o jogo na intensidade total, transpira raça e força, morre e renasce a cada falta,
Seu papel também é brigar, lutar, orientar, ser zagueiro é destino, é entrega, é paixão!
            Kannemann tem a alma tricolor!

terça-feira, 23 de maio de 2017

O AMOR

Imagem: Internet




O amor deve estar no coração,
E não na boca. 
Deve pulsar mais,
Do que falar. 
O amor é o segredo da vida,
Não precisa ser gritado, 
Pode até ser calado, 
O que não pode é não ter ritmo. 
Mesmo que seja em segredo ou,
Até mesmo em silêncio,
Os corações devem estar alinhados,
No propósito de amar e ser amado.

terça-feira, 16 de maio de 2017

MULTIDÃO

Imagem: Internet

Seu caminho são meus olhos, 
Que registram todos seus passos,
Quando nos cruzamos.
Sempre há uma expectativa,
Para ser traduzida em palavras,
Olho no olho, apenas um sorriso.
Meu mundo para, tudo perde sentido,
Mas, ninguém parece se importar


terça-feira, 2 de maio de 2017

PEDRO ROCHA E O PARADOXO

Imagem: Facebook Pedro Rocha/Divulgação
Antonio Silva
Pedro Rocha vive um paradoxo no Grêmio,
Vive entre o amor e o ódio, 
Vive entre o céu é o inferno, 
Parece transitar nos dois na linha tênue da paixão do torcedor. 
Pedro vive a intensidade da juventude,
E ao mesmo tempo a insegurança de uma idolatria. 
Pedro vai dos gols do penta,
Ao pênalti perdido,
Do passe para o gol,
Ao chute por cima,
Do gol salvador de primeira,
A chance incrível desperdiçada.  
Para Pedro tudo é muito rápido,
Tudo vem e vai no palpitar de um coração apaixonado,
E ao mesmo tempo impaciente do torcedor. 
Pedro vive dias de Jonas,
Que também foi criticado, xingado, maltratado,
Mas, que nas mãos de Renato virou mestre,
E deixa saudades até hoje. 
Renato sabe lapidar jóias. 
Pedro precisa ter paciência com a torcida,
Paciência com a bola,
Paciência com o gol.
Paciência e sabedoria andam lado a lado. 
Pedro precisa amadurecer para o Grêmio,
E o Grêmio precisa aceitar a juventude de Pedro. 
Nessa história cada um vai ter que ceder um pouco,

Para que mais finais felizes possam acontecer. 

sexta-feira, 28 de abril de 2017

FELIPE MELO E A FALSA GARRA

Imagem: Internet/divulgação

Antonio Silva


O futebol jogado por Felipe Melo no Palmeiras é aplaudido por muitos,
Quando na verdade deveria ser questionado. 
Felipe Melo tenta fazer mídia,
Com uma falsa garra, 
Uma violência teatral,
Movido por gestos espalhafatosos e exagerados,
Tudo para chamar atenção,
Tudo para dizer "eu estou aqui"
Parece que Felipe não quer esquecer o passado,
Quer exaltar, quer viver de memórias. 
O que Felipe parece não saber é que garra, força e coragem,
Não precisam de mídia,
Essas ações ganham espaço por si mesmas. 
Não é preciso ser espalhafatoso,
Não precisa exagerar,
Não precisa encenar.
Felipe Melo é um ator em campo,
Um Rambo das quatro linhas,
Um mercenário da defesa. 
A necessidade por ser autêntico,
A ânsia por ser original,
A vontade de ser verdadeiro transforma Felipe Melo,
Em um guerreiro perdido. 
A garra exige autenticidade,
Originalidade,
Respeito,
Lealdade,
Humildade. 
Se não tiver isso,

Tudo é a teatro para a televisão.