sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

PAPAI NOEL NÃOOO!

Arte: Jean-Léon Gérôme

Antonio Silva

            Jamais me importei com os comentários, brincadeiras ou piadinhas que pudessem vir quando decidi deixar a braba crescer. Não fui obrigado, coagido, pago, não estou seguindo a moda ou algo do tipo, enfim, o fato de deixar a barba crescer foi apenas vontade própria e gosto pessoal.
            A partir disso as piadinhas e comentários vieram, terrorista, ele não tem gilete em casa, ele vai ser engolido pela barba. Sempre levei na brincadeira, até que, aconteceu o episódio de alguém dizer que eu estava me preparando para ser Papai Noel.
            Discordei na hora! Não gostei mesmo! Primeiro porque nunca acreditei no tal do velhinho que te dá presentes no fim do ano, segundo não tenho barriga, terceiro (e principal) jamais em minha vida vou aceitar essa história de bom velhinho blá, blá, blá.
             O tal do Papai Noel é um dos grandes símbolos capitalistas disfarçados por uma crença individualista que alimenta o capitalismo desenfreado. Sempre que me falavam nessa história de Papai Noel, sempre perguntei: - Porque o Papai Noel não dá presente às crianças pobres? – Simples! Os mais pobres são excluídos pelo capitalismo, sendo o Papai Noel um símbolo “amoroso” deste sistema, ele automaticamente exclui os pobres.
            O Papai Noel foi criado simplesmente para aumentar a venda na época de Natal. Mas então porque cobrar bom comportamento e outras coisas em troca de presentes? Simples! A ideia do bom comportamento surge da necessidade de controle social, sendo assim estabelecem-se regras e modelos de comportamentos, se você cumprir essas regras, o controle capitalista é estabelecido, desta forma você recebe um “agradinho” por colaborar indiretamente e inconscientemente com o sistema.
            Desta forma ficamos diante de outro conflito, como comemorar o nascimento do menino Jesus, pobre, humilde, que nasceu numa manjedoura e ao mesmo tempo o Natal do velhinho capitalista que contraria todos os princípios cristãos?
            Sem falar que a comemoração do Natal é em uma data pagã. Os pagãos comemoravam nessa mesma época do Natal, o que eles chamavam de solstício de inverno (o dia mais curto do Hemisfério Norte), após isso os dias começam a ficar mais longos. A celebração ocorria devido ao calendário agrícola, que simbolizava a fertilidade do solo e a manutenção do ciclo da natureza.
            Mais um prova de que o tal do bom velhinho é uma construção capitalista, em alguns shoppings do centro do país você pode encontrar “Papais Noéis fitness” esqueça o velhinho de barba comprida, barrigudo e com roupas compridas e largas. Nesses shoppings você vai encontrar homens malhados, com roupas coladas e barba serrada, ai basta fazer o seu pedido.
            Parece difícil dizer não aos apelos capitalistas, mas podemos sim! Podemos começar fazendo um Natal com menos fantasia e mais humanidade, vamos esquecer a figura mística do Papai Noel, e vamos nós mesmos construir um Natal melhor, e de forma bem simples. Basta ajudar aqueles que estão próximos de nós, às vezes apenas um sorriso e um cumprimento na rua já basta para melhorar a vida de alguém, vai valer muito a pena e não vai custar nada.
            Amor, carinho, gratidão, respeito, solidariedade, paz, honestidade e outros bens imateriais que podemos dar as pessoas são bênçãos divinas que nos foram dadas de forma gratuita e assim também devemos distribui-las.

            Ainda sobre o Papai Noel, depois de falar tudo isso dele, acho que vou ficar sempre presente, afinal não segui as suas regras, ou seja, não fui um bom menino.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

PERDAS



Antonio Silva

Perdemos a humanidade,
Nos tornamos meros,
Objetos de manipulação,
Ideológica maléfica.

Temos que abrir mão de tudo,
Dar tudo ao mesmo tempo.

Mesmo assim seremos pré-julgados
Mortos pela ausência de inteligência,
Que reina em alto e bom som,
Na inteligência imaginativa.

O CELULAR DA MAÇA MORDIDA


Antonio Silva

            Quando decidi comprar um não imaginava o que ele representava. Apenas queria um aparelho que fosse bom, que tivesse uma câmera de alta resolução, boa memória e com uma bateria durável.
            Depois do trauma e do aparelho anterior e do rompimento com aquela marca, resolvi apostar na maçã mordida, queria ver se ele realmente era tudo aquilo que falavam. – E olha era mesmo! – Muitas funções e tudo o resto que eu buscava, porém, descobri o lado ou o posicionamento social que ele representa.
            Para mim ele é apenas um aparelho celular de alta capacidade que atende as minhas necessidades.
Mas para a grande maioria que o possuí ou (o deseja), ele é um objeto de status social, é um objeto de desejo insano para satisfazer a vontade de possuir algo valioso. É uma espécie de passaporte do “poder” o utilizam para classificar os membros do grupo.
É como se aqueles que possuem o celular da maçã mordida fossem os líderes do grupo, são eles que ditam as regras, a moda, o comportamento... Enfim os possuidores dessa maravilha tecnológica, estão moldando a sociedade ao seu redor com valores inúteis.
Quando percebi isso, olhei para mim mesmo, pois diretamente eu possuo um celular da maçã mordida, mas não me encaixo nesses perfis, não sou viciado em internet, não ando na moda, não sigo a maioria das regras desses grupos, não faço praticamente nada do que eles fazem, o que temos em comum (se é que temos algo em comum) é possuir a maravilha tecnológica da maçã mordida.
Ao chegar a essa conclusão, cheguei a pensar ali, que eu finalmente estava construindo algo, talvez ali eu estivesse criando um movimento de “contracultura” em relação à utilização dos aparelhos. Afinal eu não me deixei idiotizar pelas atitudes da maioria, eu não coloquei o “ter” antes do “ser”. Cheguei a pensar também que eu apenas tinha adquirido a tecnologia.
Mas eu preciso ser sincero com quem está lendo e também comigo mesmo. Eu não criei movimento de contracultura ou algo assim, eu não sobrevivi aos anseios da moda, eu não me rejeitei aos grupos. Não aconteceu nada disso, e não é porque eu escrevi isso que irá acontecer.
Eu apenas fui excluído por uma tecnologia que eu sequer ainda terminei de pagar.

domingo, 25 de outubro de 2015

A MESA E A INTERNET

Portinari

Antonio Silva

Há alguns dias atrás, por instantes, me reencontrei com minha infância, vi uma mesa de futebol de botão. Eu nunca tive uma daquelas, nem sequer joguei futebol de botão na minha infância. Mas lembro com carinho e certa saudade de quando eu e mais dois amigos resolvemos montar uma mesa, reunimos papelão e tintas para confecciona-la e nossas economias seriam usadas para comprar os botões. A ideia acabou por não dar certo e esquecemos-nos do assunto.
            Recordei tudo isso ao ver uma mesa em processo de abandono em alguma residência por ai, digo processo, pois ela estava jogada ao relento no fundo da casa, e também porque naquele momento estava sendo instalada na casa uma antena para o sinal da internet.
            Ali tive certeza absoluta que a mesa sairia de campo, que o futebol de botão ficaria para trás, que seria substituído por alguma das maravilhas tecnológicas atuais que contribuem diretamente para o isolamento e o empobrecimento intelectual.
            A mesa seguia ao relento, indiferente ao tempo, ao sol que a castigava, parecia prever o fim próximo, parecia não se importar com mais nada. Sabia que o abandono era certo, que dali em diante sua melhor companhia seria a chuva e o vento.
            Não sei se seu dono ou dona sentiriam saudades, não sei se sentiriam a ausência dos amigos em partidas disputadas, cheias de rivalidade, dos outros amigos ao redor apreensivos na torcida.
            Mas pensando bem o que é uma mesa de madeira, se será substituído por uma máquina potente, maravilhosa, de infinitas possiblidades, que ocupará todo seu tempo, toda a sua vida dali por diante. Uma máquina na qual faltam mãos para mexer tantos botões.
            Aliás, quem sentiria falta de uma mesa que na realidade, quase não servia para nada a não ser trancar canto no quarto. Se livrando da mesa, abre mais espaço, é uma quinquilharia a menos no quarto.
            Já o computador/tablet/notebook, não ocupa espaço, mas sim agrega valor, imagine aquela casa nunca mais será a mesma depois da internet. A partir de agora não haverá mais aquele diálogo cheio de felicidade, não haverá mais entusiasmo na voz, nem nos ouvidos daquelas pessoas, para contar ou ouvir aquelas histórias do futebol de botão. Não haverá mais o gol inesquecível, não haverá mais a virada histórica, não haverá mais interação.
            A partir de agora, cada um ficará em seu mundo particular, preocupado com seu grupo no WhatsApp, com o que as pessoas vão dizer sobre a foto no facebook, o que fazer para ganhar mais e mais seguidores.
            Aquela mesa jogada aos fundos da casa representa muito mais do que o fim do futebol de botão, representa a ruptura de um laço familiar.



PUBLICADO NO JORNAL
FOLHA DE NOVA HARTZ
SEMANAL ANO XI EDIÇÃO N° 386
SEXTA-FEIRA 23 DE OUTUBRO DE 2015

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

COMO GUARDAMOS NOSSOS TESOUROS

Giorgio de Chirico


Antonio Silva

            Como guardamos nossos tesouros? É uma boa pergunta, porém, vai depender do tesouro que tiveres para guardar. Se você tem dinheiro pode muito bem deixa-lo no banco, se você tem um carro basta fazer um seguro, e se você tem uma casa também tem a opção do seguro e uma forma mais prática, cercá-la de grades bem altas, fechaduras nas portas e janelas, câmeras de segurança ou cerca elétrica.
            Mas e seu maior tesouro não for um bem material, não for suas economias, seu carro, sua casa. E se o seu tesouro for apenas algo que você tem que zelar, transmitir valores cuidar para que o futuro não seja apenas um tempo próximo.
            Pois bem, eu estava no ônibus numa importante e movimentada estrada, em meio aos mais diversos tipos de carros ai vamos do velho e bom fusquinha a imponente e potente BMW. Quando passou pelos meus olhos a cena que me questionou “Como guardamos nossos segredos.”
            Caminhava pelo acostamento um homem de camisa, calção, chinelo e boné. A camisa era do Grêmio, de um tempo distinto, quando o clube comemorava façanhas, era velha surrada, tanto quanto o restante de sua roupa. Ele empurrava um carrinho no qual colocava todo o tipo de material reciclado que pudesse vender, que pudesse tirar um dinheiro qualquer para seu sustento.
            Aquele homem guiava aquele carrinho com cuidado, e sua expressão era de felicidade, era uma felicidade mais radiante até mesmo do que a felicidade de um torcedor que tinha visto seu time conquistar uma vitória importante. Era uma felicidade cuidadora, orgulhosa. Naquele olhar de atenção era possível perceber a sua realização pessoal, era possível perceber a nítida alegria de alguém que carregava ali o bem mais precioso de sua vida.
            Mesmo entre o intenso movimento de carros, era possível perceber a total atenção dele dentro daquele carrinho que até então só servia para carregar o que consideramos lixo.
            Dentro do carrinho havia uma criança, que deveria ter no máximo dois ou três anos. Aquela criança deveria ser seu filho, o qual ele carregava com toda atenção e carinho dentro de suas condições.
            A criança assim como o homem parecia estar feliz, apoiada no carrinho estava em pé, se divertindo com o movimento, com o barulho ao seu redor. Tudo era engraçado, desde o fusquinha até a BMW, nada tinha valor material. Tudo era uma questão de valor afetivo, alegria, diversão, liberdade. Para aquela criança, não importava se em outros momentos o mesmo carrinho que ela andava carregava lixo. Para ela importava a felicidade de experimentar, o que nós chamamos de liberdade, mas com um adicional a inocência. Quando se é inocente, tudo se torna mais fácil.
Na inocência somos sinceros, não tememos as palavras.
Na inocência somos felizes, os gestos ocorrem com naturalidade.
Na inocência amamos com toda a intensidade.
Na inocência somos intensidade pura, pois não há medo, não há repressão, não há regra.
Na inocência somos felizes sem conhecer o peso da palavra.
Aquela criança dentro de um carrinho de “lixo” era o maior tesouro de quem o transportava. Fazia com zelo, com atenção, com dedicação. Para aquela criança quem o transportava era seu maior tesouro por em um gesto simples fazer com que ele experimenta-se tantas sensações que serão fundamentais em seu desenvolvimento.
            Somos o maior tesouro de quem nos ama, e por vezes não percebemos que teríamos que fazer de quem nos ama nosso maior tesouro. Às vezes nos deixamos endurecer pela rotina, pelo excesso de afazeres, pelo pouco tempo de convivência. E esquecemos que o nosso maior tesouro está ao nosso lado dentro de nossa casa.

            Então como guardamos nossos tesouros?

terça-feira, 18 de agosto de 2015

SIMPLICIDADE DA VIDA

Imagem: Google
 
Bruna Beatris Berghan

Tudo na vida são momentos. Cada dia, cada hora, tudo na vida são momentos que provem de escolhas. Somos nós quem escolhemos o que vamos ser e o que vamos fazer. Tudo depende de qual caminho optamos.
Em uma aula de psicologia, em uma universidade, a professora pergunta aos alunos o que havia marcado sua vida, algo bom ou ruim, e qual era para eles o dia mais importante.
Os alunos foram um a um, se dirigindo para a frente da classe e diziam o que o professor havia questionado. Alguns falaram sobre a faculdade, outros sobre sonhos realizados. Um menino brincalhão, falou sobre uma picada de aranha, outro relatou o dia que andou de helicóptero.
Era possível perceber quando aqueles, que tinham mais posse, falavam que era quando ganharam um Camaro, ou quando ganhou uma roupa nova da Calvin Klein.
Todo mundo foi falando e mostrando quem era. Todos, até aquele momento, escolhiam as palavras, para impressionar os colegas. Acharam que era uma competição, onde quem impressionava mais, ganhava.
Aquele era o primeiro dia de aula, quase ninguém se conhecia. Tinham que mostrar com alegria que estavam ali para serem os melhores.
Até que um menino, que ainda não havia se apresentado, vai até a frente e traz seu relato. Diz que o dia mais importante da sua vida era o dia que plantou uma árvore. E disse ainda que aquele não era o único, que tinha também o dia em que marcou um gol no jogo com os meninos da rua. O conhecido por ele como os sem camisa e os com camisa.
Escolheu o dia mais importante de sua vida como aquele em que estava vivendo. A professora perguntou o porque. E ele disse: “Todo dia para mim é importante. Eu ganho cada dia, quando acordo, mais um dia. Isso é fantástico. Não, eu não estou com uma doença terminal, mas a cada sai que passa, quero que seja um dia aproveitado e não um passado em branco. Não sou louco, só vivo a vida.”
Toda a turma se chocou com a declaração. Obviamente por ele não ter dito nada para se vangloriar. Ele apenas disse, resumidamente, que a simplicidade faz a vida ser melhor.
 

domingo, 9 de agosto de 2015

UMA RUA DE HISTÓRIAS

Imagem: Google
 

Bruna Beatris Berghan

    Existem coisas em nosso cotidiano que por vezes nos passam despercebidas. Coisas que simplesmente passam por nossos olhos sem ao menos chamar atenção. Sem se tornar alvo de nosso olhar.
    Uma coisa me chamou atenção esses dias, e desconfio que poucas pessoas repararam naquela cena. Uma rua repleta de histórias e muito movimentada. Lá todo mundo repara quando quem chega é visitante. Prédios na rua toda. Alguns antigos, outros implorando uma reforma.
    Em uma rua tão cheia de histórias, tão repleta de contos. Lugar onde tudo acontece. Onde cada dia brotam do asfalto quente, histórias novas para contar.
    Em meio a violência, o tráfico e a prostituição, observei uma criança. Um pequeno ser humano que vive naquelas condições. Ele poderia muito bem ser uma criança triste, e seguir o caminho que a rua impõe. Mas ele era diferente dos demais. Ele não queria ser assim.
    Era um menino, de aproximadamente oito anos, que fazia o que toda criança dessa idade deveria fazer. Ele brincava. Exatamente, ele brincava com seu carrinho no meio fio. Em meio ao lixo, ele dava o seu brilho de inocência na calçada.
    Naquela calçada, em um pequeno pedaço dela, se coloria com o sorriso, com as gargalhadas e os sons que o menino fazia, imitando um carro.
    Em meio a rua sombria, as cores dos olhos alegres de uma criança pura. Em meio a mundo violento, um sorriso de alegria.
    Me perguntei porque só ele, por que não havia mais crianças brincando na rua, correndo, e pulando. Talvez por medo de ficar por ali ou por já estarem seguindo o destino que a rua deu-lhes. Ou, até mesmo, por não haverem mais nenhuma criança.
    Refleti em todas as possibilidades, até me deparar com aquelas que deixaram que uma simples rua definisse sua vida. Crianças que se tornaram adultos, ficaram com aparência cansada, se tornaram o que nenhuma criança deveria se tornar. Faziam o que não deveriam fazer. Se tornaram escravos do tráfico, da violência e da prostituição. Ganham a vida assim.
    Mas aquele menino não. Ele não é menino de rua. Vive em um orfanato da rua ao lado. Passa as tardes brincando na rua de histórias. E quando perguntado do porque não brinca no orfanato, onde é seguro, ele simplesmente responde: “Essa é a minha missão, colocar uma gota de esperança e alegria em um oceano de lágrimas”.
 

IRMÃOS PELO CORAÇÃO

Imagem: Google
 
Bruna Beatris Berghan

Essa semana, na segunda feira, dia 20 de julho, se comemorou o dia do amigo. Uma data onde as redes sociais e todas as formas de comunicação, se encheram de mensagens aos amigos, mensagens belas a todos que nos representam amigos. Postagens aumentavam ao longo do dia, um simples feliz dia do amigo nos fazia sorrir.
    Em um dia como esse pensamos em quem são nossos amigos, em quem está do nosso lado em todos os momentos. Os amigos são todos aqueles que fazem parte do nosso convívio não apenas como um mero figurante, mas sim como alguém que muda nossa vida. Pessoas que nos querem ver pra baixo e pisam em nossas cabeças, obviamente não são amigas.
    Quando estamos no colégio, sonhamos que quando formos mais velhos, vamos ter um apartamento, no mesmo prédio que nossos amigos. Vai ser tipo uma série de TV. Onde vamos trocar experiências, fazer descobertas e fazer festa até altas horas.
    Quando crescemos, vemos que esse mundo fica na TV. Morar em um apartamento com amigos não é tão fácil quanto parece. Tudo tem um custo, e bem alto. Tem o condomínio, a conta de luz, de água, telefone, comida. Tem que arrumar um emprego e ir pra faculdade a noite. Chegar em casa exausta e ficar horas nos trabalhos. As festas e as noitadas se divertindo se tornam noites sem dormir em cima de trabalhos.
    Do dia do amigo, passei a uma vida com amigos diferente dos filmes e séries. A ideia de morar com nossos amigos, pode ficar apenas na ideia de quem sonhou. Mas o amigo continua lá.
    Os amigos são anjos que aparecem em nossas vidas. Às vezes vão embora, e deixamos de falar com eles. Vai ver era pra ser assim. Tudo tem um modo que deve acontecer, um caminho a seguir. Amigos eternos existem sim, e vão sempre existir. Amigos com um laço tão forte, que nem mesmo a ciência pode explicar.
    Os amigos que vão, deixam lembranças, histórias e saudades. Os amigos que ficam compartilham novas histórias e as relembram com boas risadas. Acabam virando padrinhos e madrinhas de casamento e de filhos. Tornam-se compadres.
    Seja qualquer um dos amigos, qualquer tipo de amigo, eles sempre serão nossos irmãos, nossos irmãos pelo coração.

SEMANA DE TRÊS DIAS

Imagem: Google
 
Bruna Beatris Berghan

    A cada virada de ano, é dado ao mundo mais 365 ou 366 dias. É concedido doze meses para que os seres vivos que nele habitam, possam fazer suas escolhas e traçar seus caminhos. Cada dia que passa, e não é valorizado, é um dia perdido, um dia em que apenas passou.
    Deixar o dia passar e não viver é jogar ele no lixo. E podem ter certeza, muita gente faz isso. É só reparar nas redes sociais na sextas e nos domingos a noite. Muita gente carrega suas redes sociais dizendo: “Até que enfim sexta”, e nos domingos: “Que droga, amanhã já é segunda”. Essas pessoas se esquecem de que temos sete dias por semana, e pensam que a vida deveria ser apenas sexta, sábado e domingo.
    Antigamente, os casais apaixonados enxergavam na sexta o dia de ficar juntos. Esperavam a semana inteira para a sexta. E hoje, coincidentemente continua assim. Os amigos aguardam por aquela balada do fim de semana, onde vão gastar o dinheiro que foi adquirido, por eles, ou pelos pais, nos outros dias.
    O dinheiro usado para a diversão e lazer dos finais de semana, é adquirido no trabalho. Durante a semana, a vida não é só trabalho. É possível aproveitar os momentos em casa, na faculdade ou seja onde for, para não deixar passar em branco.
    A sexta virou o dia esperado, onde só ela é boa e o resto é complicado. Só nela podem haver sorrisos, e festas. Na segunda, nem pensar dar um sorriso ou comemorar algo novo. Na segunda só podem haver cabeça baixa pelo final de semana que passou.
    É como dizia meu avô, é necessário passar pela segunda, para se chegar na sexta. Pode parecer complicado, e às vezes, você pode até estar meio cansado, mais é necessário.
    Fazer coisas que o deixem animado pode deixar sua semana mais divertida. Aproveitar suas noites, com coisas que pareçam simples, mas que no fundo te deixam motivado para seguir pelos dias.
    Todos os dias são importantes. Sempre haverão obstáculos, degraus para uma subida. Não deixe de viver as segundas, as terças, as quartas e as quintas. Não viva somente sextas, sábados e domingos. A vida é curta demais para termos apenas três dias por semana.

 

UMA FOTO NA PAREDE

Paulo Mendes Campos


Antonio Silva

Sentado na cadeira em frente à porta, parecia contar os pingos de chuva lá fora, o vidro já embasado não atrapalhava. Certo mesmo é que estava longe, estava no tempo em que desprezava a velhice, que envelhecer era apenas uma palavra no dicionário.
Também era bom naquele tempo não ter noção de distância, saber que o tempo era mais longo, os dias demoravam a passar, mesmo assim desperdiçavam horas e minutos, eles nunca faltariam, amanha teria igual.
As tardes eram sufocadas pelo calor, o sol e seus raios lentos castigavam a pele ainda inocente. Mas vivíamos na tentação da bola, precisávamos nos reunir todas as tardes para vencer as outras faltas. Varávamos o sol, e nos encontrávamos a noite, tentando provar aos outros que éramos melhores.
Nem as brigas ou as futuras inimizades poderiam afastar aqueles meninos magros de cabelos escorridos. Não sabíamos que a terra era redonda, mas a bola era, a bola era a nossa vida. Ignorávamos a fragilidade do corpo, nem sabíamos que a vida era muito mais difícil que driblar entre as pedras soltas da rua. Caíamos com facilidade, mas engolíamos o choro, por questão de honra.
Quem marcasse o primeiro gol seria um herói, carregava o sonho de todos. Pode parecer pesado, mas não era. Éramos felizes e a felicidade também era a maior força. Não tínhamos camisas, os calções eram da cor que tínhamos, nos encontrávamos na terra pela amizade, o olhar certeiro, o passe mágico.
Uma única vez ganhamos uniformes, o time da cidade resolveu trocar, e seu antigo sobrou para nós. Era uma camisa alaranjada com listras pretas. Eram bem maiores que nós, mas nós éramos grandes ao menos em pensamento. Ao vestir as camisas ensaiamos passes, dribles e comemorações.
Jogamos um único campeonato, mas tínhamos pouco a mostrar, as condições (ou a falta delas) não nos deixou passar de um time com um esforçado zagueiro e com jogadores sem qualquer resquício de habilidade. Seríamos lembrados pelas minguadas alegrias.
Mas nem tudo foi tão ruim, antes do campeonato uma velha costureira ajustou os uniformes, mas nós preferiríamos achar que havíamos crescido. E o mais incrível, foi tirar a foto perfilados, como um time de verdade.
A foto foi o que restou da infância, na parede, sobrevive ao tempo. Erámos unidos pelos defeitos, pelas falhas, pelas carências. Não desejávamos nada a não ser jogar futebol, pertencer a aquele mundo.
O tempo antes longo e ignorado, chegou e levou todos, um para cada lado, corremos uma vida, mas nunca nos encontramos não recebi mais os passes, não marquei mais gols. Não se eles continuam ou se se esqueceram de acreditar. O tempo escraviza, amargura, consome, fomos consumidos pelas obrigações.
Tudo o que restou foi à foto na parede. Única lembrança de uma sincera alegria

PARA ONDE VAMOS?

Umberto Boccioni

Antonio Silva

            Todos os silêncios juntos faziam barulho demais, era preciso gritar para vencê-los. Mas sem liberdade os gritos são apenas murmúrios e de nada adiantam.
            Foi assim que ele decidiu largar tudo, esquecer as leis, as regras, o próprio caminho. Decidiu derrubar os dogmas e preconceitos. Correu mais rápido que o pensamento, suou muito de alegria.
            Desistiu de se adequar, desistiu de ser certinho, de tomar decisões coerentes, desistiu de girar sempre no mesmo vento.
            Decidiu viver, esquecer as dores, a solidão da dúvida, resolveu correr para o nada sem pressa de chegar. Ele decidiu tomar decisões e isso mudou sua vida para sempre.
            Ele passou a observar a beleza das pequenas coisas, a beleza das coisas se movendo, do tempo sendo o herói ao vencer pela sabedoria.
            Talvez todos os conselhos, fossem armadilhas do sistema que precisava de sua obediência para manter tudo em ordem.
            Talvez ser diferente doesse demais, ser diferente era ser crucificado na retina alheia. Mas a dor bem dosada é estimulante.
            Quando chegar ao ponto máximo, nada disso mais vai importar, quando vencer a guerra dos sonhos, quando for mais longe que o pensamento, quando entender que o tempo é apenas o menor de todos os momentos.
            Quando partir vai sentir saudade, o rompimento dos laços, a segurança serão os momentos felizes, a certeza é que a estrada é longa. Sabe que não poderá voltar, o passado é casa dos fracos, a morada do medo, a cobrança será cara demais.
            Se esquecer tudo poderá renascer, vai ao longe, o sol é seu guia a noite sua pousada. Quando percebermos que a metamorfose vem de cima, veremos que nada é permanente e que qualquer sorriso é vago se não houver amor.
            Vamos pensar diferente sair da caverna do conforto, vencer o medo de ser quem somos, vamos dar sentido a cada palavra.
            Tentei falar, mas você não entendeu. Mas estarei aqui sempre na calçada contando pedras a espera de você.

PUBLICADO NO JORNAL
FOLHA DE NOVA HARTZ
SEMANAL ANO X EDIÇÃO N° 379
SEXTA-FEIRA 24 DE JULHO DE  2015

sexta-feira, 17 de julho de 2015

COINCIDÊNCIA OU NÃO?

Imagem: Google

Bruna Beatris Berghan

            Sempre costumo refletir sobre o dia em que estamos.O que, em outros anos aconteceu.Qual fato mudou a história e o rumo do nosso caminho. Em um único dia tudo pode mudar. Ou até mesmo com coisas alegres, que trazemos para a nossa rotina.
            Pois bem, com isso começo a pensar o que o dia 17 de julho trouxe para a história. Busco bem longe, lá em 1099, onde aconteceu a primeira cruzada, o terceiro dia do massacre da população muçulmana de Jerusalém.
            De lá vamos para 1958, com a detonação da bomba atômica pelos Estados Unidos nas Ilhas Marschall, no Pacífico Central. Até agora só tragédia para um dia. Os anos passaram e no mesmo dia coisas ruins aconteceram, porém de diferente forma e em diferentes lugares.
            Mas não só de tristeza esse dia passou, pois em 1994 o Brasil, nossa seleção, conquistou o tetracampeonato na Copa do Mundo. Sediada nos Estados Unidos, o Brasil venceu a Itália nos pênaltis por um placar de 3 a 2, após noventa minutos empatados em zero a zero.
            Como disse no início, fatos mudaram os rumos da história ou mesmo, a vida de adultos e crianças. Em 1999 estreou na televisão americana o desenho animado Bob Esponja Calça Quadrada, que é sucesso ainda hoje entre várias idades.
            Mas como o nome do texto diz “Coincidência ou não?”,existe uma sequência de fatos que me deixam em dúvida. O primeiro em 1996, o acidente com o voo TWA 800 que saia de Nova Iorque. A aeronave caiu no Oceano Atlântico doze minutos após decolar, causando a morte de todos os seus 230 ocupantes.
            Tragédia que marcou, com certeza, a vida de muitas pessoas. Mas a partir do ano 2000, as coisas ficam mais estranhas. No ano 2000, o avião Alliance Air 7412 perdeu a sustentação e arranhou algumas casas em um conjunto habitacional, batendo em uma colônia. O avião quebrou em quatro pedaços, matando 60 pessoas e ferindo outras cinco.
            Em 2007, acontece o pior acidente aéreo da história brasileira, da América Latina e 11º do mundo, matando 187 pessoas a bordo e 12 pessoas no solo. A queda do Airbus A320 da companhia aérea TAM, no Aeroporto de Congonhas em São Paulo. A aeronave ultrapassou o fim da pista e chocou-se com um depósito de cargas.
            E, no ano passado, 2014, a queda de um Boeing 777 da Malaysia Airlines, com 295 pessoas a bordo, na fronteira entre Ucrânia e Rússia. A empresa alegou perder o contato com o voo, mas relatos iniciais do governo ucraniano informam que a aeronave foi abatida a uma altitude de 10000 metros.
            Esses três acidentes, 2000, 2007 e 2014. Foram graves e chocaram a humanidade. De 7 em 7 anos uma tragédia chocou o mundo. Nesse mesmo dia familiares relembram a pessoa querida que partiu de uma forma tão trágica e brusca. Espero que no dia 17 de julho de 2021, não aconteça isso, não tenhamos mais uma tragédia. E espero que isso não se repita em mais nenhum dia, em nenhum dos 365 ou 366 dias do ano.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

DIA INTERNACIONAL DO HOMEM

Magritte


Antonio Silva
                Nada de flores, bombons, presentes.
                Nada de e-mail, mensagem no celular, Whats.
                Nada, nem sequer um reles parabéns.
                Ninguém pensou em nos acordar com beijos e parabéns, sequer lembram do nosso dia.
Nem fomos liberados a uma noite de cervejadas, futebol, e carne assada.
                Mal sabem que esperamos o ano inteiro por esse dia, ano a ano esperamos que o próximo seja diferente, que no próximo ao chegarmos de um dia cansado de trabalho sejamos recebidos com um jantar romântico, vinho, luz de velas, uma noite perfeita que acabaria em sexo.
                O homem definitivamente está condenado ao ostracismo. Definitivamente esquecido, largado, inutilizado.
                Aos poucos perdemos a exclusividades das tarefas da macheza, jamais pensamos que a mulher poderia abrir um vidro de pepino sozinha, assumir a churrasqueira, tomar conta das tarefas domésticas sem aos menos reclamar que não ajudamos. Não nos deixaram nem as baratas, agora não apenas as matam, mas também eliminam seus restos mortais sem qualquer nojo ou arrependimento.
                Elas que tanto buscaram a igualdade  (e conseguiram) assumiram a dianteira da casa, dos negócios, do tempo.
                Tornam aos poucos o homem um animal extinto, digo mais inútil. Aos poucos vamos desaparecendo na inutilidade que nos toma.

                A prova disso é que nem no nosso dia somos mais lembrados.

NOSSAS ESCOLHAS NOS CRUCIFICAM

Retirantes - Portinari
Antonio Silva


Uma das coisas que mais gosto de fazer é observar como as pessoas se movem, na nossa atual sociedade a qual intitulo como a sociedade das aparências.
            Aparências físicas, mentais e sociais. As pessoas não mais querem saber como você é, não mais querem realmente conhecer você por aquilo que é. Elas querem sim que você pareça algo, ou pelo menos, venda uma ideia.
            Assim aos poucos nos constituímos seres absolutamente iguais, seres incapazes de questionar a realidade, pois estamos presos em pequenos mundos insignificantes, porém, consumidores da nossa razão.
            Desta forma rejeitamos o diferente, criticamos ou rebaixamos porque algo diferente poderia representar perigo. E como essa rejeição se tornou tão natural, ela se manifesta de forma continua. Assim se criou uma espécie de Espiral do Silêncio. Nessa espiral rejeita-se o diferente e se faz com que ele se isole por não estar incluído em um contexto maior.
            E como é bom falar em rejeição, talvez eu já esteja acostumado, mas com certeza isso não me fará mudar, talvez tenha vivido a vida toda com ela que nos tornamos parceiros.
            Sofro com isso pelas minhas escolhas (as quais não pretendo mudar) construí uma identidade própria e é através dela que vivo e defendo meus ideais. Não me importo se as pessoas acham feio ou não gostam da minha barba grande, os apelidos e piadas fortalecem a escolha do caminho certo.
            Torço pela Argentina, a seleção brasileira morreu para mim em 2006, quando tinha um super time e desprezou os adversários. Ao contrário dos modinhas não torço para a Alemanha depois dos 7x1, mas admiro muito o trabalho feito pelos alemães na construção de uma ideia de futebol. Também não torço pela Argentina por causa do Messi. Torço porque me identifico com o estilo de futebol, com muita força, garra, e agora com boas doses de técnica.
            Não gosto de música sertaneja, muito pela construção das letras. Primeiro são letras pobres, qualquer simples análise vai comprovar isso. Segundo além das letras serem pobres falam somente de amores frustrados, bebedeira, dinheiro e desvalorizam as mulheres.
            Não tenho religião, mas não sou ateu, apenas não acho necessário levantar uma bandeira de uma religião qualquer para estar próximo de Deus. Ao contrário Deus não está nas religiões, mas está nos atos e nos sentimentos de cada pessoa. De nada adianta ser um dentro da igreja e outro fora.
            Posso até parecer antissocial, ou até mesmo seja, pois sei o peso das palavras e as uso quando realmente é necessário. É muito fácil falar, mas ser responsável por suas palavras é algo bem diferente.
            Então sendo assim simples, sincero, sem modas e com escolhas próprias estou pronto para ser crucificado pelos “moralistas” de plantão, aqueles que vendem uma ideia, mas as escuras praticam outra, aqueles escravos da aparência, escravos sociais.

            Mas antes ser crucificado com personalidade do que ser mais um morto insignificante.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

UMA VISÃO DE REFLEXÃO

Imagem: Google


Bruna Beatris Berghan

Música realmente é tudo de bom. Nos anima, nos deixa mais pra cima, mais alegre, de bem com a vida. Nos esquecemos dos problemas e sorrimos um pouco mais.
Sinceramente, gosto muito de música, ou melhor, gosto de letras de música. Gosto daquelas que tocam na alma e nos fazem refletir.
Prefiro a música Toda Forma de Amor do Lulu Santos, do que Vale Tudo do Tim Maia. Não por uma questão de estilo ou gosto musical, mas por uma questão de letra. Não estou criticando o falecido cantor Tim Maia e sua música, só estou expressando uma análise entre as letras.
Na música Toda Forma de Amor, Lulu Santos expressa, em sua letra, todas as formas de amor. Exatamente, amor entre homem e mulher, homem e homem e mulher com mulher. Todos são justos. “Consideramos justas toda forma de amor.”
O amor em si é bonito e todos eles são amor. Todos devem ser respeitados por serem o que são. Um casal que se ama e quer passar o resto da vida juntos.
Agora, na música do Tim Maia, Vale Tudo, não quer dizer o que o nome diz. Não vale tudo, pois em um trecho dela o cantor afirma: “Só não vale dançar homem com homem nem mulher com mulher. O resto vale.” Então não vale tudo. Porque as pessoas não podem dançar com quem quiserem.
Isso acontece no mundo musical. Ah, e como seria bom se ficasse só nas músicas. Pena que isso está na nossa vida. Onde pessoas sem escrúpulo ou respeito, ofendem, chamam de nomes de baixo calão, e, por vezes, batem e matam os homossexuais. A crueldade não tem limite.
A ofensa dessas pessoas pega pesado e peca pesado. Usam o nome de Deus em vão. Dizem que Deus é contra, que ela vai punir e castigar. Primeiramente, eles não são Deus pra dizer isso e segundo, quero lembrar das fotos coloridas do Facebook, que foram alvo de críticas.
Muita gente se indignou que estavam querendo mudar algo sem muita relevância. E que a fome e a miséria tinham sido esquecidas. Pois bem, pra mim não foi, só que eu não preciso postar foto toda vez que ajudo alguém. Quem precisa ver está vendo lá de cima, e nem precisa eu postar. Pois Deus vê tudo.
No Facebook, na foto do perfl era adicionada um filtro com as cores do arco íris. O arco íris é um fenômeno de Deus? Sim. É um elo de amor que Deus tem conosco? Sim. Nós todos estamos nesse elo? Sim. Esse elo de amor é como uma aliança de casamento, um elo infinito com nós aqui na terra? Sim.
Então, se ele é um elo de amor que todos estão incluídos com Deus. E todos significa todos os seres vivos do planeta. Porque então todos não podem ter seus direitos, de usar esse símbolo de amor, essa ligação e ter um casamento abençoado, sem estar destinado as críticas da sociedade? Sinceramente desconheço essa resposta, mas fica uma reflexão.
Se você quer ter suas escolhas respeitadas, respeite.