terça-feira, 20 de março de 2018

DIA INTERNACIONAL DA SÍNDROME DE DOWN




              No dia 21 de março celebra-se o Dia Internacional da síndrome de Down. Essa síndrome é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células do indivíduo, também conhecida como trissomia, é importante ressaltar que a síndrome de Down não é uma doença, portanto, não é contagiosa ou transmitida. As pessoas com Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células ao invés de 46, como a maior parte da população.
                Segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, estima-se que existam cerca de 300 mil pessoas com síndrome de Down no Brasil. Crianças, jovens e adultos com Síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estarem sujeitas a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes.
                Vale explicar que a síndrome de Down não contém um fator que pode causa-la, ou seja, não é culpa dos pais e nem poderia ser feito algo para evita-la. As pessoas com síndrome de Down podem e devem ter uma vida comum como qualquer outra pessoa, o mais importante é descobrir a forma correta para alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades dando a eles independência e autonomia para a realização de suas tarefas, desta forma uma pessoa com síndrome de Down, pode e deve ter uma vida autônoma como qualquer outra pessoa, isso inclui ir a escola como qualquer outra criança, namorar, trabalhar e se divertir.
                Entre as características de uma pessoa com síndrome de Down estão os olhos amendoados, maior facilidade para desenvolvimento de algumas doenças, problemas de visãoe deficiência intelectual. Outras características marcantes são o tamanho, geralmente, elas são menores e seu desenvolvimento físico e mental são mais lentos que crianças da mesma idade.
                Desta forma, para falar sobre uma pessoa com síndrome de Down, vale o mesmo conselho dado para qualquer outra deficiência, pois primeiramente, eles devem ser vistos como pessoas que são capazes de realizar qualquer atividade, merecem respeito e oportunidades nas áreas que desejarem e o mais importante devem ser respeitadas e estimuladas dentro de suas características e que isso sirva para que haja a inclusão de fato.
                Que este dia 21 de março seja um dia de comemoração pelas conquistas alcançadas, mas que também seja um dia de reflexão e conhecimento sobre a causa da síndrome de Down.

COLUNA SEMANAL NA EDIÇÃO DIGITAL DO JORNAL INTEGRAÇÃO N° 18 TERÇA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2018

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terça-feira, 13 de março de 2018

NA DÚVIDA, PERGUNTE



               Uma das principais questões na vida de uma pessoa com deficiência é a o olhar alheio sobre sua deficiência. Muitos olham com olhos de admiração, outros com pena ou até medo, talvez, por isso, seja tão importante a questão da nomenclatura, afinal ela é a base do combate ao preconceito contra a pessoa com deficiência.
                Mas, o assunto desta coluna não é propriamente a questão da nomenclatura, e sim algo mais simples, porém, às vezes bem mais difícil do que saber a forma certa de se dirigir a uma pessoa com deficiência.
                Um dos desafios que enfrentamos é romper a barreira do medo das pessoas em perguntar para nós o motivo da deficiência, e isso por vezes contribui não só para alimentar o preconceito como também para impedir que se comece ali uma relação seja ela de amizade ou até mesmo profissional.
                Meu conselho nesse caso é bem simples: Na dúvida, pergunte! Afinal é assim que a gente pode tirar qualquer dúvida a respeito de qualquer assunto. Por isso, ao encontrar uma pessoa com deficiência e quiser saber por qual motivo ela tem uma deficiência, pergunte, mas obviamente seja educado e respeite o espaço do outro.
                Eu, particularmente, nunca me incomodei em explicar o motivo da minha deficiência, já perdi as contas de quantas vezes expliquei para as pessoas a razão da minha mobilidade reduzida, das minhas oito cirurgias e da longa recuperação que tive até chegar ao ponto em que estou hoje. Mas, assim como eu falo sem problema algum, existem pessoas que não gostam ou até tem dificuldade em falar sobre o assunto.
                O que percebo muito também é, que as pessoas tem vontade de perguntar, mas tem um certo receio, um medo ou uma insegurança, para isso vale a dica de perguntar, claro desde que a pessoa queira falar e se sinta a vontade para comentar sobre sua deficiência e como isso afeta sua vida.
                Sempre que passo por essa situação, tento explicar da forma mais didática possível, que sofri uma ameaça de paralisia cerebral que deixou uma sequela na minha perna direita, por isso, ao longo dos anos passei por oito cirurgias para corrigir os movimentos dela. Da mesma forma que conto gosto de saber das pessoas, o motivo de suas deficiências e com isso acabo virando amigo e tudo mais.
                Mas, você deve estar se perguntando onde isso pode combater o preconceito? Pois, bem, cada vez que nos propomos a entender algo estamos mais dispostos a não criar um pré-conceito sobre aquilo, ou seja, estamos mais próximos de compreender e aceitar as diferenças do outro sejam elas quais forem.
                Justamente, por isso, sou defensor do “Na dúvida, pergunte” afinal conversar ainda é a melhor forma de resolver a maioria das coisas.

COLUNA SEMANAL NA EDIÇÃO DIGITAL DO JORNAL INTEGRAÇÃO N° 17 TERÇA-FEIRA 13 DE MARÇO DE 2018


terça-feira, 6 de março de 2018

8 DE MARÇO TAMBÉM É DIA DA MULHER COM DEFICIÊNCIA



                 Essa semana no dia 08 de março se comemora o Dia Internacional da Mulher, um dia de comemoração acima de tudo um dia de reflexão sobre o papel da mulher na sociedade. É nesse ponto que entra a questão da mulher com deficiência, que por muitas vezes, é esquecida e suas lutas por igualdade de gênero e direitos passam despercebidas.
                Isso se deve a falta de diálogo entre os movimentos feministas, associações de representação da mulher e os movimentos ligados das pessoas com deficiência, dando um destaque especial, as mulheres com deficiência. Somente com a união de todos esses movimentos é que vamos avançar na conquista de direitos e da representatividade necessária.
                A prova dessa lacuna está na invisibilidade da mulher com deficiência. É notória a ausência de percepção das mulheres sem deficiência com relação as suas iguais com deficiência. Uma prova são os eventos e rodas de conversa para discutir a questão da mulher, mas que não há a representação da mulher com deficiência.
                Ao falar de violência contra a mulher com deficiência se abre um leque imenso de questões, por isso, a necessidade de união coletiva e consciente para que essas mulheres tentam voz ativa na sociedade. Somente assim elas poderão enfrentar as situações de opressão, riscos, maus-tratos, coerção econômica e as mais diversas formas de exploração, tanto em casa quanto no ambiente de trabalho. Sem falar nas questões de preconceito decorrente da deficiência, pois nesse caso, os abusos e negação de direitos são ainda mais graves do que comparados a homens com deficiência.
                Ainda existe um desencontro entre o número de mulheres com deficiência e a reflexão sobre gênero no setor. De acordo com o senso do IBGE de 2010, o número de mulheres com deficiência no Brasil é 5,3 pontos maior que o de homens, dentre o número levantado pelo IBGE 26,5% são mulheres e 21,2% são homens. Conforme o relatório da International Network of Woman with Disabilities sobre violência, mostram que o número de violência contra mulheres com deficiência é três vezes maior do que contra homens com deficiência e na questão dos abusos sexuais e físicos as mulheres sofrem duas vezes mais que os homens.
                Somente discutindo a questão da mulher com a deficiência é que a inclusão de fato vai acontecer, principalmente para as mulheres com deficiência, para essa mudança realmente aconteça é preciso que ela seja feita de dentro para fora, somente assim é possível evitar reversão e retrocessos. Para que isso é necessário que as mulheres com deficiência se unam, sejam vistas, participem de eventos e busquem na sua cidade o conselho da pessoa com deficiência e contribuam nas discussões, somente assim é possível vencer e conquistar seu lugar de direito e destaque na sociedade.
                Que esse 08 de março seja um dia de reflexão e luta para todas as mulheres e que juntas possam conquistar todos seus direitos.

COLUNA SEMANAL NA EDIÇÃO DIGITAL DO JORNAL INTEGRAÇÃO N° 16 TERÇA-FEIRA 06 DE MARÇO DE 2018


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