Essa
semana no dia 08 de março se comemora o Dia Internacional da Mulher, um dia de
comemoração acima de tudo um dia de reflexão sobre o papel da mulher na
sociedade. É nesse ponto que entra a questão da mulher com deficiência, que por
muitas vezes, é esquecida e suas lutas por igualdade de gênero e direitos
passam despercebidas.
Isso se deve a falta de diálogo
entre os movimentos feministas, associações de representação da mulher e os
movimentos ligados das pessoas com deficiência, dando um destaque especial, as
mulheres com deficiência. Somente com a união de todos esses movimentos é que
vamos avançar na conquista de direitos e da representatividade necessária.
A prova dessa lacuna está na
invisibilidade da mulher com deficiência. É notória a ausência de percepção das
mulheres sem deficiência com relação as suas iguais com deficiência. Uma prova
são os eventos e rodas de conversa para discutir a questão da mulher, mas que
não há a representação da mulher com deficiência.
Ao falar de violência contra a
mulher com deficiência se abre um leque imenso de questões, por isso, a
necessidade de união coletiva e consciente para que essas mulheres tentam voz
ativa na sociedade. Somente assim elas poderão enfrentar as situações de
opressão, riscos, maus-tratos, coerção econômica e as mais diversas formas de
exploração, tanto em casa quanto no ambiente de trabalho. Sem falar nas
questões de preconceito decorrente da deficiência, pois nesse caso, os abusos e
negação de direitos são ainda mais graves do que comparados a homens com
deficiência.
Ainda existe um desencontro
entre o número de mulheres com deficiência e a reflexão sobre gênero no setor.
De acordo com o senso do IBGE de 2010, o número de mulheres com deficiência no
Brasil é 5,3 pontos maior que o de homens, dentre o número levantado pelo IBGE
26,5% são mulheres e 21,2% são homens. Conforme o relatório da International Network of Woman with Disabilities
sobre violência, mostram que o número de violência contra mulheres com
deficiência é três vezes maior do que contra homens com deficiência e na
questão dos abusos sexuais e físicos as mulheres sofrem duas vezes mais que os
homens.
Somente discutindo a questão da
mulher com a deficiência é que a inclusão de fato vai acontecer, principalmente
para as mulheres com deficiência, para essa mudança realmente aconteça é
preciso que ela seja feita de dentro para fora, somente assim é possível evitar
reversão e retrocessos. Para que isso é necessário que as mulheres com deficiência
se unam, sejam vistas, participem de eventos e busquem na sua cidade o conselho
da pessoa com deficiência e contribuam nas discussões, somente assim é possível
vencer e conquistar seu lugar de direito e destaque na sociedade.
Que esse 08 de março seja um dia
de reflexão e luta para todas as mulheres e que juntas possam conquistar todos
seus direitos.
COLUNA SEMANAL NA EDIÇÃO DIGITAL DO JORNAL INTEGRAÇÃO N° 16 TERÇA-FEIRA 06 DE MARÇO DE 2018
COLUNA SEMANAL NA EDIÇÃO DIGITAL DO JORNAL INTEGRAÇÃO N° 16 TERÇA-FEIRA 06 DE MARÇO DE 2018
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