quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A MELANCOLIA DOS ESTADUAIS

Antonio Silva

                O próprio título já descreve, a situação dos campeonatos estaduais Brasil à fora, já são melancólicos por natureza quando pensamos que dificilmente vai acontecer algo diferente do que os gigantes do Brasil vencer seus respectivos campeonatos.
            Mas, não é a essa melancolia que me refiro agora, e sim a melancolia financeira que assombra os estaduais. E nem me refiro aos campeonatos do Norte/Nordeste que recebem verbas pífias e são realizados graças ao heroísmo e na luta contra o ostracismo do futebol nordestino.
            Já no fim de 2013, noticiou-se que a Chevrolet, abandonou os 27 estaduais e destinou a verba de patrocínio de forma integral a CBF. Deixando os estaduais sem patrocínio “máster”.  O Gaúcho, o Mineiro e Carioca estão sofrendo para repor esse patrocínio, se esses que são recheados de times grandes sofrem imagina os outros?
                Isso não impedirá que os campeonatos aconteçam, mas interfere na qualidade da competição que na maioria das vezes já é baixíssima. Mas, a pergunta é por quê? E a resposta na verdade é bem simples: Nenhuma empresa investe em alguma coisa desorganizada, as empresas querem visibilidade e para isso é necessário organização.
            Os três campeonatos que citei: Gaúcho, Carioca e Mineiro, dependem de seus times grandes para sobreviver, mas seguidamente mudam sua forma de disputa. O gauchão é um exemplo nos últimos anos mudou várias vezes a sua forma.
                Falta a esses campeonatos criar uma forma definitiva de disputa, que se aplique em todas as suas divisões, e que inclusive profissionalize todas as divisões de acesso. Isso chama investimento.
                Uma prova disso é o Paulistão que tem uma forma definida e que se aplica a todas as divisões de acesso. Não é atoa que é o único estadual que fechou patrocínio até agora, fechou com a Itaipava por um valor de R$ 8 milhões de reais que somado aos outros patrocínios o valor do Paulistão passa de 20 milhões.
                Talvez, isso explique, porque os clubes paulistas se dedicam tanto a um “reles estadual” o paulistão paga mais que o brasileirão e a Libertadores. O nosso estadual premia o campeão com apenas, apenas 6 milhões, e a Libertadores paga ao campeão pouco mais de 8 milhões de dólares, ou seja, 16 milhões de reais. Vale e vale muito “se matar” no paulistão, além de levar uma bolada ainda prova que é melhor que os rivais.


Crônica de n° 49

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