segunda-feira, 14 de julho de 2014

O FIM MAIS MELANCOLICO POSSÍVEL

Imagem: Google

Antonio Silva

            Luis Felipe Scolari talvez seja um dos técnicos mais vitoriosos de todos os tempos no futebol brasileiro e mundial, e seu próprio currículo comprova o que estou falando.
            Como treinador em grandes equipes passou pelo Grêmio, Jubilo Iwata do Japão, Palmeiras, Cruzeiro, Seleção Brasileira, Seleção Portuguesa, Chelsea, Bunyodkor do Uzbequistão e a novamente o Palmeiras antes de reassumir a Seleção Brasileira ano passado.
            No Grêmio foram 255 jogos de 1994 até 1996 com um aproveitamento de 48,2% e cinco títulos: 94 - Copa do Brasil, 95 – Libertadores e Gauchão, 96 – Bi- Gauchão e Campeonato Brasileiro.
            Esse desempenho vitorioso no tricolor gaúcho despertou o interesse do Jubilo Iwata do Japão.
            No Jubilo Iwata foram 30 jogos com 66,7% de aproveitamento. Sem títulos.
            Em 1997, Felipão desembarca em São Paulo para aquela que seria sua primeira passagem pelo Palmeiras.
            No Palmeiras foram 407 jogos com 56,3% de aproveitamento e três títulos: 98 – Mercosul, 99 – Libertadores, 2000 – Torneiro Rio-São Paulo.
            Em 2001, Felipão teve uma passagem relâmpago em Minas Gerais, pelo Cruzeiro foram 57 jogos com um aproveitamento de 85,9% e com um título: Copa Sul-Minas daquele ano.
            Em 2002, foi sua primeira passagem pela Seleção Brasileira e em 11 meses a frente da Seleção foram 24 partidas com um aproveitamento de 76,4% e a conquista do Penta de na Copa da Coreia/Japão com 100% de aproveitamento sete vitorias em sete jogos.
            Em 2003, Felipão assume a Seleção Portuguesa, lá foram 74 jogos com um aproveitamento de 65,7%. Conseguiu um vice campeonato europeu e liderou Portugal na sua melhor campanha em copas 4º lugar em 2006. Deixou a seleção em 2008.
            Em 2009, seu novo desafio foi um time inglês, assumiu o Chelsea, mas permaneceu apenas 36 jogos com um aproveitamento de 65,7%. Saiu da equipe inglesa pela porta dos fundos devido a desavenças com o craque da equipe na época Drogba.
            Ainda em 2009, se aventurou até o Uzbequistão para treinar o Bunyodkor, e novamente foi uma passagem relâmpago de meras 38 partidas com aproveitamento de 82,5% e o titulo do campeonato local.
            Em 2010, podemos dizer que Felipão voltou para casa. Reassume o Palmeiras em 165 jogos teve um aproveitamento de 43,7% conquistando a Copa do Brasil de forma invicta.
            Em 2013, Felipão aceita o desafio de reestruturar a Seleção Brasileira, conquistou a Copa das Confederações goleando a Espanha, e credenciou o Brasil a ser um dos favoritos a Copa do Mundo de 2014. Foram 18 jogos com um aproveitamento de 74%, superior aos seus antecessores Mano Menezes, Dunga, Parreira, Leão e Luxemburgo.
            Mas, quis o destino que fosse ele o homem da casa mata no segundo maior vexame da história do futebol brasileiro (o primeiro é o Maracanasso de 1950). Felipão mantendo sua postura de liderança sobre o grupo chamou para si a responsabilidade sobre o 7x1 sofrido da Alemanha, e com toda a razão, pois foi ele que convocou, foi ele que escalou.

            O que quero com todos esses números é mostrar como o futebol poder se cruel, pois o que foi conquistado em uma vida foi destruído em menos de trinta minutos.

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