Imagem: A.L. Maik
A
felicidade que viam no casamento acabou quando desligaram a TV:
As
brigas começaram já na lua de mel a noite de núpcias tornou-se uma guerra só
por causa da escolha do hotel.
Em
casa dia pós dia era uma briga silenciosa, travada através de troca de olhares
desafiadores, pareciam dois enxadristas de olhares fixos no tabuleiro de uma
relação explosiva esperando o mínimo erro do outro para dar um check-mate.
Conviviam
em uma espécie de MMA do amor, cão e gato eram exemplos de amor e
companheirismo comparado aqueles dois.
Viviam
algo parecido como um encontro entre Tyson e Holyfield sem mordida na orelha.
Pratos
naquela casa era algo de luxo, pois eles voavam de maneira misteriosa em
direção a uma cabeça que estivesse distraída.
Mais ou menos assim era a vida daqueles dois, amor,
carinho, palavras carinhosas eram tudo coisa de novela. A separação era uma
questão de saúde para os dois, e depois de mais uma batalha não tiveram alternativa
a não ser cada um seguir seu caminho, a separação tornava-se realidade.
Quem intimamente agradecia era a faxineira
da casa, pois a sua incessante rotina de juntar pedaços do que um dia tinha
sido um prato estava encerrada. Ela percebia que seu patrão não era mais o
mesmo, perderá o brilho dos olhos e o sorriso do rosto. Estava sempre em uma janela, não falava nada
a ela, mas ela sabia que seu patrão esperava a esposa voltar, não sabemos se
ela voltou, mas era mais fácil para ele acreditar que ela apenas tinha saído e
logo voltaria do que aceitar a separação e aceitar que ela não voltaria.
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