segunda-feira, 7 de julho de 2014

AQUELES DOIS....

Imagem: A.L. Maik



    A felicidade que viam no casamento acabou quando desligaram a TV:
        As brigas começaram já na lua de mel a noite de núpcias tornou-se uma guerra só por causa da escolha do hotel.
Em casa dia pós dia era uma briga silenciosa, travada através de troca de olhares desafiadores, pareciam dois enxadristas de olhares fixos no tabuleiro de uma relação explosiva esperando o mínimo erro do outro para dar um check-mate.
      Conviviam em uma espécie de MMA do amor, cão e gato eram exemplos de amor e companheirismo comparado aqueles dois.
Viviam algo parecido como um encontro entre Tyson e Holyfield sem mordida na orelha.
Pratos naquela casa era algo de luxo, pois eles voavam de maneira misteriosa em direção a uma cabeça que estivesse distraída.
            Mais ou menos assim era a vida daqueles dois, amor, carinho, palavras carinhosas eram tudo coisa de novela. A separação era uma questão de saúde para os dois, e depois de mais uma batalha não tiveram alternativa a não ser cada um seguir seu caminho, a separação tornava-se realidade.
            Quem intimamente agradecia era a faxineira da casa, pois a sua incessante rotina de juntar pedaços do que um dia tinha sido um prato estava encerrada. Ela percebia que seu patrão não era mais o mesmo, perderá o brilho dos olhos e o sorriso do rosto.  Estava sempre em uma janela, não falava nada a ela, mas ela sabia que seu patrão esperava a esposa voltar, não sabemos se ela voltou, mas era mais fácil para ele acreditar que ela apenas tinha saído e logo voltaria do que aceitar a separação e aceitar que ela não voltaria.

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