quinta-feira, 3 de julho de 2014

É O MENOR, É O MENOR

Imagem: Google


Antonio Silva

            Diz à história que certa vez um político que precisava promover sua campanha resolveu inovar, precisando de algo novo, algo jamais feito, algo que além de inovador lhe desse resultado então além de todas as tradicionais estratégias de campanha resolveu utilizar um papagaio que foi treinado para repetir a cada final de diálogo É O MAIOR, É MAIOR.
            E assim foi durante alguns comícios. Conseguiu esse papagaio com uma velha amiga dona de um bordel, a ideia de utilizar o papagaio parecia funcionar até quando a  oposição resolveu contra-atacar, contrataram pessoas que em meio ao seu discurso diziam que ele era ladrão, corrupto, falsário. E o papagaio cumprindo o que lhe fora ensinado repetia É O MAIOR, É O MAIOR.
            Isso continuou por algum tempo, até que ele com uma mistura de medo e irritação resolveu livrar-se do papagaio devolvendo-o a dona do bordel, que o colocou em uma gaiola pendurada em um dos quartos afastados dos outros, uma espécie de quarto especial.
            Eram nesses mesmos quartos especiais, em que este político fazia suas farras, enquanto sua mulher achava que ele estava em uma convenção ou coisa do tipo. O papagaio agora não repete mais a frase É O MAIOR, É O MAIOR, mas sim quando o vê nu no quarto ele grita de forma desesperada, alto o suficiente para todos que estão no bordel ouvir É O MENOR, É O MENOR.

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