quarta-feira, 13 de agosto de 2014

MORTE A ESPERANÇA

Imagem: Grêmio/ZH


Antonio Silva
           
            Nada que se fale pode amenizar a situação gremista. Nem as tentativas de achar soluções de Felipão funcionaram. O Grêmio chega ao nono clássico sem vitória e amarga dois anos sem um triunfo sobre o rival, além de colecionar humilhações.
            Não sei se há culpados, mas, também não procuro inocentes de fato, tudo o que acontece já foi visto do outro lado. Os anos noventa foram o inferno para os colorados, assim como os anos dois mil vêm sendo para os gremistas.
            E o que me preocupa é que quando o Internacional era humilhado até pelos reservas do Grêmio o famoso banguzinho, eles souberam enxergar seus fracassos e trabalhar. Já o Grêmio no auge de sua soberba continua se achando mais importante que o rival e se vangloriando nos fracassos alheios como Mazembe e Ceará, mas, o e o Grêmio chegou aonde? Perdeu para quem? Ganhou de quem?
            O jogo de ontem para muitos gremistas foi à morte da esperança, pois é difícil acreditar que o Grêmio irá ressurgir ainda em 2014, mas, o que me preocupa também é que sempre estamos pensando no ano que vem, e quando o ano que vem chega nada acontece.
            Ontem venceu o melhor, venceu quem tinha entrosamento, o que tinha mais confiança, o que tinha mais qualidade. Felipão tentou, e até achou uma grata surpresa chamada Wallace, mas, não deu, ou melhor, deu Inter.
            O Grêmio deveria olhar para dentro de si mesmo e repensar sua situação, repensar o plano de futebol, se é que existe um.
Triste mesmo foram as manifestações de gremistas bandidos e baderneiros que além de quebrar as cadeiras do Beira-Rio em retaliação ao ocorrido na Arena, criaram um canto infame “Fernandão Morreu.” Lamentável, mas, é lamentável também a resposta colorada ao cantar ofensas sobre a Coligay.
Opinião a parte tenho certo carinho pela Coligay, pois foi a primeira e a única torcida gay de um clube de futebol, justo no esporte mais machista, houve uma das mais belas manifestações contra homofobia no esporte, uma pena que acabou. Para os gremistas preconceituosos saibam que a fase mais vitoriosa do clube foi paralela a existência da Coligay.

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