segunda-feira, 1 de setembro de 2014

NADA PODE SER MAIOR

Imagem: ZH


Antonio Silva
            Nada pode ser maior do que a vergonha que um grupo de pessoas fez a torcida do Grêmio passar. Essas pessoas não são torcedores, esses seres são piores que animais. O Grêmio perdeu para o Santos por incompetência, levou dois gols por falhas individuais de Werley e da arbitragem, mas teve volume de jogo para superar tudo isso, e vencer com folga, mas não fez.
            As manifestações racistas, homofóbicas, palavrões, xingamento aos árbitros, treinadores e entre jogadores é algo natural do futebol, sempre existiram e vão existir. O que acontece agora é que a mídia e as inúmeras câmeras resolveram tomar partido e começar lucrar com isso. Não estou aqui isentando os culpados, mas o que acontece atualmente é que tudo termina em multas financeiras e em nenhum momento pensa-se em políticas administrativas para mudar esse quadro, resumindo isso é uma questão cultural.
            Algumas frentes mais radicais da torcida do Grêmio perderam definitivamente as esperanças no time e começaram a vandalizar em forma de protesto e até para prejudicar o clube. Lembro de vários episódios, a queima dos banheiros no Beira-Rio, a quebra das cadeiras em retaliação ao acontecido na Arena, os cânticos ofensivos ao Fernandão são muitas as vergonhas que o clube vem passando por meia dúzia de aproveitadores que usam a marca Grêmio para se esconder e se justificar.
            O inacreditável é que uma das pessoas que ofenderam Aranha enquanto ele era atendido depois das inúmeras ceras e provocações, (quando digo provocações é devido aquela imagem em que o goleiro cospe dentro do gol e faz um gesto com o braço contra a torcida). Mas, voltando ao que interessa umas das pessoas que xinga o santista é até mais negra do que ele, ou seja, se o Aranha é macaco quem o xingou é ainda mais.
 Imagem: ZH
            Manifestações racistas de gremistas é mesmo que torcer e jogar contra o clube, pois tivemos ao longo da história inúmeros jogadores negros Tarcísio, Tinga, Emerson, Roger, temos Zé Roberto, Biteco, Ronan...
            Enfim ter preconceito de raça, cor, sexo é ir contra própria história do Grêmio.
            E posso apostar que agora a imprensa lá de cima via transformar o Santos em vítima e vão voltar com as campanhas “neymarianas” de “Somos todos iguais” ou “Somos todos macacos”. Eu já disse e volto a repetir NÃO somos todos iguais e muito menos macacos. Somos sim seres humanos que precisamos entender que somos únicos e que é isso que faz a vida maravilhosa.
Grande Abraço.
 

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