Antonio
Silva
Acho que devo agradecer por ser
cronista escrever minha crônicas semanais ser criticado, xingado, saudado
perlas minhas opinões, pois muito pior seria ser centroavante de time gaúcho.
Time gaúcho, torcedor gaúcho, comentarista gaúcho, tem consigo a dificuldade de
perdoar, de compreender, de entender os motivos que levam seu camisa nove a não
marcar, sendo todos os outros do time perdoado e ele somente ele crucificado,
não importa se o time falha na defesa, se o meio campo é lento ou se os meias
ineficazes na tarefa de dar o soro do perdão ao camisa nove.
A prova dos nove do cronista é
surpreender a cada linha a cada parágrafo, conseguir irritar ou agradar o
leitor a ponto que ele volte a ler porque gostou ou volte a ler para detestar,
por fim tanto o cronista quanto o centroavante tem uma árdua tarefa, cada um no
seu canto, meu lamento é apenas não ganhar o salário de um centroavante.
Mas, meus lamentos e comparações não
cabem nesta crônica, estou aqui para falar dos centroavantes da dupla Gre-nal,
pois este esporte que me move a ser cronista é este esporte desgraçadamente
maravilhoso, é o esporte mais bipolar que existe, a gangorra é uma realidade,
no futebol hoje você dorme em plumas amanhã você acorda em pregos.
Barcos e Rafael Moura são hoje os
centroavantes da dupla Gre-nal, tarefa dura, pois a comparação é inevitável.
Cada um tem a tarefa de alcançar a expectativa do torcedor, superar sua própria
expectativa e ainda a do outro.
Barcos
foi contratado para ser o nove, o matador, o definidor que tanto fez falta
ao Grêmio em anos anteriores, e tinha o respaldo da grande temporada no
Palmeiras, mas no tricolor a coisa não foi bem assim, fez um ano irregular,
alterou entre vaias e aplausos, gols e jejuns. Em 2014, a coisa parecia ser
diferente, com a artilharia do gauchão, mas a seca da Libertadores trouxe de
volta as dúvidas ao torcedores, no Brasileiro foi ainda pior, pois acumulou 7
partidas sem marcar e até vaiado foi. Mas, o mundo gira afinal é uma bola e em
questão de pouco tempo Barcos reverteu a situação e se tornou um dos
artilheiros do brasileirão e um dos principais do Brasil, agora na dobradinha
com Felipão repetindo o Palmeiras, Barcos promete ainda mais.
Imagem: Site FG
Rafael
Moura sempre esteve longe de ser unanimidade entre os torcedores colorados,
mas com gols e boas atuações cativou seu lugar no time, mas não no coração da
torcida que com ele sempre impôs política de tolerância zero. No gauchão foram
poucos gols, mas também poucas partidas, gols no primeiro Gre-nal decisivo
livram Moura de qualquer critica. Mas as más atuações na copa do Brasil e
Sul-americana que culminaram na
eliminação das duas competições e o jejum no campeonato brasileiro já são mais
que suficientes para a torcida pedir a cabeça do camisa 9. No campeonato são 8 jogos sem marcar, o
último gol foi contra o Santos no dia três de agosto, até então já se passaram
833 minutos que Moura não marca e a torcida já quer sua cabeça.
Imagem: Site FG
A mesma critica que incomodou Barcos, recai sobre Rafael Moura, talvez até porque ele
carrega consigo o fardo de ser um jogador médio que nunca conseguiu se firmar,
e tem a marca de ser um artilheiro de momentos em todos os clubes que passou.
De fato a critica não perdoa, para
esse caso vale aquele velho ditado “A banca paga e recebe.”
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