Eileen Agar
Bruna Beatris Berghan
Nos meus tempos de colégio era
diferente de hoje em dia. No fundamental as meninas tinha certo nojo dos
meninos. Diziam que jamais iriam se casar. E os meninos, por sua vez, diziam
que as meninas eram chatas, e que aquelas que eram mais inteligentes serviam
para passar “cola” na hora da prova.
Mas agora, depois que sai do
colegial, a escola virou de cabeça para baixo. Ou será que foram apenas os
alunos?
Tudo mudou, o nojo ou o achar chata
se transformou em ficadas e namoros em plena infância. É difícil encontrar
meninas levando suas bonecas para trocar as roupinhas e brincar de mamãe e
filhinha. Agora elas pegam roupas e maquiagens escondidas de suas mães ou irmãs
mais velhas e se produzem na escola. Uma maneira de atrair os olhares dos
meninos. E a brincadeira de ser mamãe virou realidade. As meninas que
engravidam deixam de lado a criança e assumem o papel de mãe de uma boneca
real. Isso quando não deixam isso por conta da avó.
E os menino que antes brincavam de
jogar bolita e de carrinho, disputando quem tinha mais e as mais bonitos. Hoje
disputam quem pegou mais e as mais bonitas. Aqueles que tem mais nomes em sua
lista são os melhores. O ganhador é percebido de longe, pois as meninas o
rodeiam e aquele que não pegou ninguém é o rejeitado. Ah, e além disso, o
machismo já aparece. Porque os meninos que pegam todas são os “garanhões” e as
meninas que pegam todos são as “galinhas”. Errado não. Certo seria se ninguém
se “pegasse” nessa idade.
O que será que mudou? A educação, as
mídias ou o deixar que nossas crianças sejam de fácil influência?
Realmente eu não sei, só sei que
parece estar tudo do avesso. Parece também que o amor nasce mais cedo, o amor
aquele de casal mesmo. Porque essas crianças dizem amar em plenos 8 anos. Sabe
aquela idade das perguntas, que tudo querem saber? Pois é, essa idade já querem
começar a namorar. Sei lá, quem sabe queiram descobrir como é beijar, não é
mesmo?
Quero que isso mude. Que meus filhos
possam se diferentes e viver tudo no seu tempo, sem atropelar a vida. Viver
cada momento, sem querer crescer depressa.
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