Antonio
Silva
Depois do Grenal, nasceu um novo
Grêmio, um time compacto, rápido, com boa transição e participação entre os
setores e um time capaz de golear foi assim contra o Inter e contra o Criciúma.
Tudo isso credenciava o Tricolor a
vencer o Cruzeiro, além de um tabu de quase dez anos sem perder para a raposa
jogando em Porto Alegre. A euforia era grande, e por isso, quase 44 mil
gremistas estiveram na Arena na expectativa de ver o seu time encaminhar a vaga
a Libertadores.
E quem foi a Arena não se arrependeu
ao menos no primeiro tempo, pois o Grêmio encurralou a raposa em seu campo
dominando em todo o tempo, o gol de Riveros apenas demonstrava o tamanho da
superioridade gremista, se tivesse terminado em três não seria exagero.
O atual campeão brasileiro passou o
primeiro tempo irreconhecível, não chutou
uma bola contra o gol de Marcelo Grohe, mas veio o intervalo e o
Cruzeiro mostrou porque é o melhor time do país há dois anos. Marcelo Oliveira
adiantou a marcação e deve ter dito para seu time “Vamos pra cima” e assim foi
o Cruzeiro mandou no jogo no segundo tempo e acabou virando a partida e
praticamente garantindo o título que deverá ser confirmado no domingo contra o
Goiás no Mineirão.
Talvez a euforia de Dudu, Barcos,
Luan e companhia no primeiro tempo tenha anestesiado Felipão, pois parece que
ele não orientou sua equipe no intervalo para que voltassem e conseguissem
ditar o ritmo de jogo assim como no primeiro tempo.
Foi este um dos melhores jogos do
campeonato (com certeza o melhor do returno) em dois tempos distintos os dois
times mostraram o que cada um tinha de melhor. O cara do jogo foi o goleiro
Fábio do Cruzeiro que fez milagre no chute de Barcos e contou com a sorte em
outros momentos.
O Grêmio no final de semana enfrenta
o Corinthians em São Paulo e se vê na obrigação de vencer para tentar entrar no
G-4 e continuar com chances de Libertadores. Esse confronto promete ser outro
grande jogo, pois ambos estão lutando pelo mesmo objetivo.
Mas, voltando à noite de ontem tudo
o que aconteceu resume-se a uma única frase:
Foi à noite em que a competência venceu a euforia.
Crônica
de n° 44
Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário