sexta-feira, 21 de novembro de 2014

CEM VEZES

Francis Picabia

                                                                                                                        Antonio Silva

            Pois, bem parecem àquelas perguntas chatas que sempre haverá inúmeras respostas, então diga: O que você já fez cem vezes na sua vida?
            É difícil para pensar, né? São tantas coisas que fazemos dia pós dia que se você não fizer um controle nunca vai saber.
            E não pense que falo de coisas cotidianas e biológicas como comer, dormir respirar, trabalhar, mas falo de coisas que realmente te deram prazer, coisas que você faz para se completar, se sentir útil e ser mais você por algum tempo.
            O que quero com esse texto não é fazer levantamento com variáveis totalmente instáveis de pessoa para pessoa, pois isso não será atrativo o suficiente para que eu possa voltar semana que vem.
            O que vou contar aqui se inicia em abril do ano de 2012, quando pela primeira vez um texto ocupou a página dois deste jornal, o que faltava para isso acontecer era coragem até que um dia ouvido a música Daniel na Cova dos Leões da Banda Legião Urbana o trecho da música “E o teu medo de ter medo de ter medo.” De alguma forma incitou a coragem de querer fazer.
            Não tinha nada a perder no máximo levaria um não. Um não que o deixaria na mesma situação que ele já estava, caso acontecesse era só voltar para casa e continuar escrevendo para o amigo César até então seu único leitor e incentivador dizia ele: “Tu tens que procurar um jornal.”
            Procurado o jornal recebia o espaço de 250 caracteres, confesso que tinha que contar palavras, mas o importante era conseguir, fui testado várias vezes com as reações positivas e negativas que os textos provocaram e isso só me mostrou que eu tinha que prosseguir, sem mesmo saber aonde isso iria levar. Admito que ainda não sei, mas o exercício de ter que pensar em algo toda a semana é maravilhoso.
            Mas, não é mais intenso do que você ver seu nome e suas palavras ali, prontas para despertar os mais variados sentimentos ou não despertar nada, é um risco que se corre. Apesar de tudo isso é infinitamente prazeroso, o que seria da vida sem seus riscos?
            Fiz todo esse enredo apenas para dizer que hoje isso que você está lendo é a centésima coluna neste espaço, são dois anos e sete meses, que em quase todas as sextas feiras estou aqui com minhas ideias e algumas loucurinhas particulares (hehehe). Um obrigado ao leitores e até sexta! 

PUBLICADO NO JORNAL
FOLHA DE NOVA HARTZ SEMANAL PÁGINA 2
ANO X EDIÇÃO N° 357 21 DE NOVEMBRO DE 2014

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